Com a confirmação que a SAD do Benfica foi constituída arguida no processo e-toupeira, os encarnados já preparam a defesa no processo.

Adianta o jornal A Bola, que o clube da Luz considera que a acusação foi incapaz de apresentar qualquer facto ou prova concreta sobre os crimes imputados à SAD. O Benfica pretende assim desmontar a acusação.

Um dos objetivos da defesa será tentar provar que a acusação não apresenta concretamente uma relação entre os factos imputados aos arguidos e o Conselho de Administração da SAD. Também considera que a acusação não conseguiu relacionar que tipo de uso foi dado às informações, que alegadamente, elementos da SAD terão tido acesso.

Em relação aos crimes imputados, cerca de 30, e de acordo com a referida fonte, o Benfica entende que a acusação dá como provado que os diretores da primeira linha do Benfica estão autorizados a pedir bilhetes e oferecer artigos de merchadising sem necessitar de autorização por parte de Luís Filipe Vieira. As águias consideram que a acusação se contradiz ao referir que estas ofertas foram feitas com autorização da SAD em contrapartida de informações, servindo esse dado para uma acusação por corrupção.

Em relação ao eventual "ok" dado por Luís Filipe Vieira para a cedência das águias, a defesa sustenta que o presidente das águias recebe milhares de emails com pedidos semelhantes.

Em relação às eventuais contrapartidas que o Benfica teria recebido por tais ofertas, o Benfica considera que a acusação ainda não se mostrou capaz de provar qual foi o uso ou vantagem que as águias retiraram, uma vez, que um dos arguídos já não exercia a função de observador de árbitros.

Em relação ao crime informático, o Benfica ironiza e considera "caricato que tendo sido o Benfica vítima do maior roubo e divulgação de correspondência privada", possa ser acusado pelo mesmo facto.

A Bola adianta ainda que em relação às sanções propostas pelo Ministério Público - que vão desde seis meses e três anos de suspensão de participação em competições oficiais -, não são proporcionais e não têm fundamento e enquadramento legal.