Catió Baldé, empresário de Bruma, enviou uma nota às redações em que acusa Bruno de Carvalho de usar o "exército armado da Juve Leo" para obrigar o antigo jogador do Sporting a assinar.

O extremo, recorde-se, pediu a nulidade do contrato para deixar Alvalade, em 2013, mas a direção liderada por Bruno de Carvalho queria manter o jogador, a fim, de pelo menos, fazer um encaixe financeiro com a venda - o internacional português acabou por assinar pelo Galatasaray, num negócio de 12 milhões de euros.

Segundo o agente, o então presidente dos 'leões' ordenou o rapto de Bruma."O Bruma estava alojado num hotel e houve fuga de informação de onde ele estava. A Juve Leo montou uma emboscada com dezenas de tropas à espera da chegada de Bruma. Quando ele chegou, no seu novinho Mercedes e ainda a aprender a conduzir bem, mal saiu do carro foi cercado por leões da Juve Leo", conta o empresário.

"Ficou bem claro que foi o Bruno de Carvalho a ordenar o rapto de Bruma para ser conduzido ao estádio com intenções claras de o obrigar a assinar o novo contrato (...) Após a decisão que não reconheceu o pedido da rescisão, reuni com o Bruno de Carvalho e chegámos a um acordo para a transferência para o Galatasaray da Turquia. Nessas reuniões a sós com o Bruno de Carvalho, ele confessou-me que aquela situação do hotel com adeptos era somente para assustar e falar com o Bruma", acrescenta.

Leia a nota enviada por Catió Baldé

"Bruma, a primeira vítima de Bruno de Carvalho com o seu exército / Juve Leo

Bruma viveu, no verão de 2013, nos finais de julho, o maior pesadelo que um jovem de 18 Anos pode viver, no rescaldo da rescisão com o Sporting e nos primeiros dias do mandato de Bruno Carvalho no Sporting. Numa noite quente do verão, Sete Rios foi invadida por um exército armado da Juve Leo com o cerco do Hotel Mercure. O Bruma estava hospedado nesse hotel discretamente, mas houve fuga de informação de onde o Bruma estava hospedado. A Juve Leo montou uma emboscada com dezenas de tropas dentro de automóveis à espera da chegada de Bruma. (Sabiam que o Bruma não estava).

Quando o Bruma chegou no seu novinho carro Mercedes, e ainda aprender conduzir bem, mal saiu de carro foi cercado por leões da Juve Leo, rapazes bronzeados e tatuados/carecas. A primeira conversa para Bruma: 'tens de nos acompanhar porque o presidente Bruno carvalho quer falar contigo'.

O Bruma é um miúdo corajoso. Respondeu que não ia sem ser acompanhado pelo seu agente Catió Baldé. O Bruma no meio daquele exército consegue fugir e meter-se no carro em direção ao IC19, para casa de amigos e colegas. Nessa fuga o Bruma liga para mim e para o Dr. Bebiano Gomes a contar-nos que estava a ser perseguido e com tentativa de rapto por parte de adeptos do Sporting. Imediatamente eu e o Dr. Bebiano Gomes fomos ter com o Bruma no Monte Abraão/Massamá. Chegados ao local/casa dos amigos de Bruma, estavam dezenas de carros parados na estrada. O Bruma corajosamente saiu de carro e enfrentou-os, mais confiante, porque estava já com os amigos. A minha primeira pergunta para um dos perseguidores foi: 'o que querem?' A resposta foi: 'o Bruma tem que ir falar com o presidente'. Respondi: 'a esta hora?' 'Não importa', responderam. O Dr. Bebiano Gomes, enquanto eu e o Bruma estávamos no bate boca com os elementos da Juve Leo, estava a contactar as autoridades da estação de Monte Abraão. Quando se aperceberam da chegada da PSP meteram-se todos no carro e arrancaram dali com velocidade, mas não sem antes deixarem mensagens bem claras para mim e para o Bruma. Ameaças que nos iam apanhar. Deslocámo-nos à PSP para fazer participação.

Por causa dessa situação, eu, Catió, e os advogados que estavam a acompanhar o processo da rescisão, enquanto não saía a decisão, tomámos a decisão de colocar o Bruma fora de Portugal, por questão de segurança. O Bruma esteve acantonado durante três semanas no Dubai à espera da decisão da CP.

Ficou bem claro que foi o Bruno de Carvalho a ordenar o rapto de Bruma para ser conduzido ao estádio com intenções claras de o obrigar a assinar o novo contrato. Eu (Catió), pessoalmente, fui perseguido e ameaçado no Campo Grande, no centro comercial Stromp, local do famoso barbeiro guineense WUI MANÉ. Deixei de frequentar por largo tempo esta barbearia.

Após a decisão, que não reconheceu o pedido da rescisão, reuni com o Bruno de Carvalho e chegámos a um acordo para a transferência para o Galatasaray, da Turquia. Nessas reuniões a sós com o Bruno de Carvalho, ele confessou-me que aquela situação do hotel com adeptos era somente para assustar e falar com o Bruma.

Catió Baldé"