60, 58, 45? Não. São quase 65 milhões de euros o valor que o FC Porto encaixou nesta temporada até ao momento: 64,6 milhões para se ser mais exato.

Vender era um imperativo maior para os azuis e brancos neste defeso, de forma a equilibrar as contas e evitar assim fugir ao imcumprimento das regras de 'fair-play' financeiro impostas pela mão pesada da UEFA.

Comecemos então pelos negócios mais pequenos: André Fernandéz rumou ao Villarreal e Igor Lichnovsky para o Necaxa do México. Este dois jogadores - que tiveram muito pouca utilização - renderam 3,6 milhões de euros ao clube, uma soma considerável para dois atletas com pouco mercado.

Tendo apenas participado em 13 jogos e marcado apenas dois golos, a saída de Laurent Depoitre era apenas uma questão de tempo. O belga de 28 anos acabou por render cinco milhões de euros depois da transferência para o Huddersfield de Inglaterra.

Seguem-se os dois negócios verdadeiramente milionários dos dragões neste ainda curto defeso: André Silva e Rúben Neves.

O jovem avançado foi o primeiro a partir, depois do AC Milan se ter chegado à frente com 38 milhões de euros, valor que poderá chegar aos 40 ME, caso sejam cumpridos determinados objetivos. Já Rúben Neves apareceu como o segundo maior filão, depois de confirmada a sua saída para o Wolverhampton, da Championship, por 18 milhões de euros.

Fazendo as contas: São 64,6 milhões de euros que encheram os cofres portistas. Porém, o mercado ainda é uma criança e o FC Porto está na luta para superar o maior defeso de sempre, que data de 2015. Na altura, os portistas fizeram mais de 110 milhões de euros com as vendas de Jackson, Carlos Eduardo, Casemiro, Danilo, Alex Sandro, Quaresma e Kléber. Difícil chegar a esse número? Sim. Impossível? A resposta é não. Mais milhões poderão chegar com as vendas de outros jogadores, quer por razões desportivas, - por não fazerem parte dos planos do treinador- , quer por razões económicas. Aboubakar e Martins Indi poderão ser os senhores que se seguem a rumar a outras paragens.

O Stoke City poderá estar perto de exercer o direito de opção sobre Martins Indi, com os azuis e brancos a encaixarem o valor da opção de compra que é de cerca de 10 milhões de euros. Liquidez é o que se quer para os lados do Dragão e mesmo sabendo da suposta intenção de Sérgio Conceição em poder contar com Aboubakar para a próxima temporada, o camaronês poderá abandonar a Invicta por 20 ME, sendo que no caso do dianteiro, o FC Porto detém apenas 40% do passe.