FC Porto, SL Benfica e Sporting gastaram mais de 80 milhões de euros em reforços para o arranque da época 2010/2011. Os candidatos ao título apostaram forte no mercado de transferências numa temporada que se adivinha muito competitiva.

Hulk, Falcao, Aimar ou Saviola são valores seguros para esta época, mas os reforços Danilo, Alex Sandro, Nolito, Witsel, Jeffren, Capel ou Rinaudo prometem roubar o protagonismo e lutar por mediatismo na edição 2011/12 da Liga portuguesa de futebol.

FC Porto – Na continuidade está o sucesso

Com praticamente a mesma estrutura da última temporada, o FC Porto apresenta os mesmos “candidatos” a estrelas do campeonato. Vítor Pereira substituiu André Villas-Boas no comando técnico do FC Porto, na principal alteração registada entre os “dragões”, que já contrataram sete reforços e apenas viram partir, em fim de contrato, o argentino Mariano Gonzalez.

Os brasileiros Kelvin (ex-Paraná), Danilo, Alex Sandro (ex-Santos), Bracali (ex-Nacional) e Kléber (ex-Marítimo,) o angolano Djalma (ex-Marítimo) e argentino Iturbe (ex-Cerro Porteño) engrossaram os quadros do FC Porto.

O brasileiro Hulk, melhor marcador da última temporada, surge sempre como o jogador de quem mais se espera no Dragão, em especial numa altura em que a permanência de Falcao continua a ser uma incógnita. Kléber foi contratado ao Marítimo e assumiu-se na pré-época como uma opção válida para vir a substituir Falcao.

Contudo, o avançado colombiano, decisivo na campanha europeia dos “azuis e brancos”, continua a surgir como uma das grandes figuras da Liga portuguesa, tal como o incansável médio João Moutinho.

Nos “dragões”, destaque ainda para os mais jovens como o colombiano James Rodriguez, que vai para a segunda temporada no FC Porto, o argentino Juan Iturbe e os brasileiros Alex Sandro e Danilo, que só se apresenta em janeiro.

SL Benfica – Contratações de luxo para atacar o título

Jorge Jesus, que inicia a terceira temporada no comando das “águias”, perdeu jogadores como Fábio Coentrão e Salvio, peças de destaque no “onze”, além do “capitão” Nuno Gomes e do sempre contestado guarda-redes Roberto.

O Benfica voltou a apostar forte no mercado e depois dos primeiros encontros da temporada, em especial na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, os nomes do belga Axel Witsel e o espanhol Nolito começam a surgir como valores emergentes.

No entanto, para lutar pelo 33.º título de campeão nacional, foram gastos quase 30 milhões de euros na aquisição de novos atletas, entre os quais se destacam os nomes de Artur, Garay, Capdevila, Witsel, Enzo Pérez e Nolito.

O central argentino Ezequiel Garay, proveniente do Real Madrid, entrou de “estaca” no “onze”, ajudando a solidificar uma defesa órfã de soluções de qualidade, desde a saída de David Luiz para o Chelsea.

Os argentinos Pablo Aimar e Javier Saviola são as certezas do plantel dos “encarnados”, no qual o seu compatriota Nico Gaitan se tem revelado como o grande desequilibrador.

Na baliza, o clube encarnado vendeu Roberto ao Zaragoça e contratou três guarda-redes com créditos firmados. Artur Moraes, Eduardo e Mika vão lutar pela baliza encarnada sendo que o ex-guarda redes do Braga tem assegurado a titularidade nos primeiros jogos da época.

Sporting – Leões revolucionam plantel

Os novos responsáveis "leoninos" operaram um verdadeira revolução no plantel com a dispensa de 12 jogadores da época 2010/11, marcando um claro corte com o passado e o início de um novo ciclo, com a contratação do treinador Domingos Paciência.

O Sporting parte em notória desvantagem para os rivais FC Porto e Benfica, não só por estes terem preservado a sua estrutura base e ainda se reforçado com jogadores de indiscutível valia, mas também porque Domingos terá, ao contrário de Vítor Pereira e de Jorge Jesus, de construir e consolidar uma equipa, o que requer tempo.

Depois de uma temporada para esquecer, o Sporting contratou 14 caras novas para o seu plantel, apostando no mercado espanhol para as alas, com a chegada de Diego Capel, campeão europeu de sub-21, e de Jeffren, extremo contratado ao Barcelona.

O médio holandês Schaars demonstrou ter todas as condições para ser o “patrão” do meio-campo, Rinaudo promete ser um trinco “à Petit dos bons tempos”, Diego Rubio um avançado que evidencia enorme potencial que Domingos tem tudo para fazer crescer e explorar, ao passo que Wolfswinkel foi menos assertivo e vai precisar, porventura, de mais tempo para se afirmar.

Num ataque com muitas caras novas e apenas duas do passado – Yannick e Hélder Postiga –, parece ser o mais novo dos atacantes a querer brilhar, o chileno Diego Rubio, que acabou a pré-temporada como o melhor dos “leões” nos derradeiros encontros.