O coletivo do Tribunal da Relação de Lisboa recusou por unanimidade um pedido de escusa por parte da juíza Paula Lages para decidir um recurso do Benfica sobre a realização de dois jogos das águias por ser sócia (e detentora de 'red pass') do clube da Luz há 20 anos e casada com um juiz desembargador também ele sócio dos encarnados e detentor de ações da SAD do clube.

O processo diz respeito à condenação do clube da Luz pela Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto a dois jogos à porta fechada e ainda a uma multa de 80 mil euros devido ao uso de material pirotécnico por parte de adeptos. O Benfica recorreu dessa condenação para o Tribunal da Relação de Lisboa, e o processo foi atribuído a Paula Lages.

Segundo avançou, na noite de segunda-feira, a SIC, o coletivo do Tribunal da Relação de Lisboa elogiou o pedido da magistrada, que disse compreender, mas considerou que a filiação clubística não pode ser uma condicionante para quem tem a responsabilidade de julgar processos de acordo com a lei.