Miguel Braga, responsável pela comunicação do Sporting, comentou a decisão da Comissão de Instrutores da Liga de arquivar o pedido para que fosse analisado o lance entre Pepe e Coates, no último clássico entre Sporting e FC Porto. Os leões tinham pedido ainda a elaboração de um auto de flagrante delito.
"O que os Instrutores da Liga responderam, no fundo, é que as imagens não mostraram de forma clara, evidente e inequívoca que foi cometida uma infração. Ou seja, este murro que o Pepe dá no Coates não é um murro claro, nem evidente, nem inequívoco para os Instrutores da Liga. O que me deixa logo a pergunta: o que é que será claro e evidente? Se o Pepe entrar com uma matraca dentro do jogo? Não sei. Se o Coates jorrasse sangue? Faz-me a maior confusão, ainda para mais tendo uma Liga que é presidida por aquele que foi considerado e que se dizia muito que era o melhor árbitro português. E interrogo-me qual é a mensagem pedagógica que estamos a passar às nossas formações, aos nossos jovens, às nossas crianças. ‘Se queres ser jogador de futebol e central, sê muito malandro e se possível dá um murrinho no avançado de uma forma que certos Instrutores nem consideram que é clara, evidente e inequívoca", referiu em declarações à Sporting TV.
O responsável esclareceu ainda que não se trata de colocar "em causa o Pepe", mas sim um jogador do FC Porto.
"Volto a dizer, não está em causa o Pepe, a pessoa, está em causa um jogador do FC Porto que deu um murro nos queixos a um jogador do Sporting. Temos a sorte de ter uma câmara de televisão que está a ver de perto o lance. Ele cerra os dentes, dá-lhe um murro na cara e isto para alguém não é claro, nem evidente, nem inequívoco. Eu adorava saber a explicação dos senhores da Liga. Acho que é uma mensagem altamente perigosa que estamos a passar para todos, inclusivamente para jogadores que continuam no nosso campeonato e para outros escalões. (...). Certa impunidade é ser simpático. Isto não é uma certa, é a total impunidade."
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