Os cinco futebolistas do FC Porto acusados pelo Ministério Público de agressões a dois seguranças no estádio da Luz, após um jogo com o Benfica, vão apresentar na segunda-feira o requerimento de abertura de instrução do processo.

Fonte próxima da defesa disse à agência Lusa que os brasileiros Helton e Hulk e os uruguaios Fucile e Cristian Rodriguez e o romeno Sapunaru já foram notificados. O último é acusado de dois crimes de ofensa à integridade física simples, enquanto os restantes de apenas um, após o jogo da 14.ª jornada da Liga de 2009/10, disputado a 29 de dezembro de 2009.

De acordo com a mesma fonte, entre os atos a realizar durante a instrução, não vai ser requerido o interrogatório dos arguidos, acrescentando que, por isso, não vão ser ouvidos.

«Só terão de estar presentes e ou ser ouvidos em julgamento, se forem pronunciados, finda a fase de instrução», sublinhou a fonte.

O Ministério Público considerou provadas as agressões, a soco e pontapé, aos Assistentes de Recinto Desportivo Sandro Correia e Ricardo Silva, incorrendo os jogadores numa pena de prisão até três anos, embora a acusação considere que a pena aplicável a Sapunaru – acusado de dois crimes - não deverá ser superior a cinco anos, porque não possui antecedentes criminais e a sua conduta «não produziu consequências especialmente graves nos ofendidos».

No plano desportivo, a Comissão Disciplinar (CD) da Liga suspendeu o avançado Hulk por quatro meses e o defesa Sapunaru por seis meses, tendo arquivado um processo movido ao guarda-redes Helton.

Em 24 de março de 2010, o Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), para o qual os jogadores recorreram, alterou os castigos de Hulk e Sapunaru, reduzindo as penas para três e quatro jogos, respetivamente.

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