O Sporting, líder da Primeira Liga, visita a partir das 18h00 de sábado o terreno do Desportivo de Chaves, atual último classificado, mas na conferência de imprensa de antevisão ao encontro o treinador dos leões, Rúben Amorim, fez questão de desvalorizar a posição dos flavienses na tabela classificativa, alertando para o ambiente que a sua equipa vai encontrar.
O técnico falou ainda de outros assuntos da atualidade do Sporting, mas não se quis alongar sobre o mercado de transferências e sobre a possível contratação de , jogador do Estoril.
O que espera do encontro? "Alertámos os jogadores para o facto de que nestes jogos não interessa muito em que lugar está o Chaves. Sabemos que será difícil. Vamos encontrar um bloco mais baixo. Basta ver o jogo com o Portimonense. Ganhámos o jogo justamente, mas poderíamos ter empatado ou perdido. Espero um jogo com um bloco mais baixo, à espera das transições. Têm um avançado que já tem nove golos. De 18 golos, marcou nove. Se jogar ele e o Jo, acho que vão cruzar muitas bolas e vão criar problemas. É um bloco difícil de entrar, basta ver o jogo no Dragão, a forma como jogaram. Diria que a equipa com Moreno está a crescer. Ele precisa de tempo para implementar as suas ideias. As bolas paradas têm sido um problema para nós e eles têm sido fortes nesse aspeto".
Possível relaxamento por jogar contra o último classificado: "Eu diria que é normal os jogadores serem chamados à atenção. Fizemos isso durante a semana. O golo do Estoril poderia ter sido evitado, mas nem foi dos jogos em que a equipa relaxou. Já aconteceu noutras situações na bola parada. Já disse dez vezes aos jogadores que nestes jogos não interessa a classificação - jogos com frio, sem aquele conforto de Alvalade...vai ser difícil. Podemos perder se não estivermos no máximo. O Chaves sabe que estes jogos são um extra, porque eu já estive do outro lado. Os jogadores foram avisado. Temos de ganhar o nosso jogo para manter o primeiro lugar. É isso que vamos fazer. Podemos perder o jogo se não estivermos no máximo."
Coates totalmente apto: "O Seba sentiu-se bem quando entrou contra o Tondela, mas não tivemos muito tempo para ver. Fez apenas o último treino antes desse jogo e teve boas sensações. Mas o jogo já estava controlado, não teve muito trabalho. Voltou a treinar esta semana e, portanto, está apto."
Rotação dos centrais, menos médios para rodar: "Também temos rodado os médios, temos tido mais atenção ao Morita, que é o jogador que mais dificuldades tem no terceiro jogo da semana e temos jogadores para isso. Gostamos de ter toda a gente preparada e a pensar que pode perder o lugar, mas também devido às lesões temos mudado muito. Houve uma fase em que mudávamos muito na frente e mantínhamos sempre os centrais. E temos também tido em atenção o adversário."
Possível contratação de Koba: "Não vou dizer nada sobre o mercado. Estou muito focado no jogo e não a pensar nos novos jogadores".
Falta um médio de transição no plantel? "Jogamos de forma diferente. Antigamente tínhamos de levar a bola para a frente. A nossa posse de bola também aumentou. Temos de ir ajustando os novos jogadores à realidade. Não sei se falta um jogador com essa capacidade, mas tudo o que fizermos serão jogadores a pensar no presente e no futuro.
Possível empréstimo de Essugo: "Todos os jogadores melhoram a jogar. Não acredito que alguém que esteja só a treinar... Perde a motivação. Estamos muito satisfeitos com ele, mas ele tem dificuldade em entrar na nossa equipa porque os nossos médios têm demonstrado grande capacidade. Se houver essa hipóteses, diria que poderíamos estar abertos a que o Essugo pudesse jogar mais."
Vítor Baía disse que Gyokeres devia ter sido expulso mais vezes: "Não recuso a defesa dos meus jogadores, mas recuso comentar palavras de outras pessoas de outros clubes. Os jogadores sabem que os defendo. Talvez no aspeto da arbitragem sintam que eu não os defendo. A melhor maneira de defender os jogadores é ser como sou. Defendo-os bastante quando é para renovar contratos, coisas que mudam a vida deles. Aposto que eles não tiveram um melhor treinador nesse aspeto do que eu".
Há um ano disse que saía se o clube quisesse: "Na altura já estávamos fora da Taça de Portugal contra um clube da Liga 3, e isso muda completamente. Mas continuo a dizer o mesmo que disse nessa altura: se o clube não quiser contar comigo no futuro, não terá de pagar mais nada. Palavra de honra. Está estipulado uma coisa parecida no contrato. É uma coisa que me liberta bastante e não penso nisso. São coisas minhas. O que posso dizer é que tenho uma relação tão boa com o Sporting que no dia em que não quiserem, não terão de pagar, até porque é um contrato algo pesado. Esta época ainda estamos na Liga Europa, estamos na Taça de Portugal, estamos na final four da Taça da Liga e estamos em primeiro lugar no campeonato. Houve uma evolução grande na equipa. A equipa está mais forte."
Falhar o título seria mais doloroso nesta do que noutras épocas? "Eu acredito sempre. No primeiro ano não acreditei tanto, por estar a tentar salvar a próxima jornada. Fiquei sempre desiludido quando não ganhámos o campeonato. O segundo classificado tem menos um ponto... Muita coisa vai mudar. Todos os jogos têm sido muitos difíceis, principalmente fora de casa. E como nós sofremos sempre um golo, diria que estou bastante preocupado. O foco é só ganhar este jogo e nada mais do que isso."
Fase de muitos jogos decisivos, com várias ausências: "Até todos os jogadores voltarem, teremos uma grande sequência de jogos... Temos de tentar é que não haja uma grande diferença na forma de jogar. Diria que fora de casa teremos de jogar os jogos não jogando tão bem, mas temos de os ganhar. Aí entram outras coisas: a força, o querer... É uma fase sensível e temos de arranjar formas de vencer os jogos."
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