Sá Pinto, que exerce funções nas relações externas e internacionais do clube, fez mestrado em marketing e desporto, uma licenciatura em comunicação empresarial e um curso de direcção desportiva, no qual adquiriu conhecimentos e técnicas específicas para o desempenho de funções ao nível de um director desportivo de um clube profissional.
Em relação à escolha do treinador, o presidente José Eduardo Bettencourt, segundo a mesma fonte, já tomou a sua decisão entre um lote de vários candidatos pré-seleccionados, e pretende anunciá-la até sexta-feira, juntamente com o anúncio do novo director desportivo, depois de concretizadas as negociações que mantém com o técnico desejado, sendo certo que o actual treinador da Académica, André Villas-Boas, é um dos nomes que consta da referida lista.
Na opção por Sá Pinto pesou, também, a inegável popularidade e imagem muito favorável que goza junto da massa adepta do Sporting, factor ao qual o presidente José Eduardo Bettencourt não foi indiferente, numa altura em que persiste um afastamento dos sócios em relação à equipa de futebol e à estrutura dirigente.
Essa imagem favorável foi conquistada ao longo da sua carreira ao serviço do Sporting, pelo temperamento guerreiro, invulgar entrega ao jogo e carisma, ao ponto de ser visto como um símbolo para as várias claques do clube de Alvalade, entre as quais a Juventude Leonina, da qual é membro.
Esse temperamento, que lhe conferiu o epíteto de "Ricardo Coração de Leão", levou-o a cometer um acto irreflectido que marcou a sua carreira em Abril de 1997, quando se dirigiu de Alvalade para o Jamor para agredir o então seleccionador, Artur Jorge, depois de ter lido na imprensa que tinha sido preterido da convocatória para o jogo com a Irlanda do Norte, de qualificação para o Mundial de 1998, em França, por razões de natureza disciplinar.
Castigado com um ano de suspensão em Portugal, o Sporting viu-se forçado a transferi-lo, por um preço inferior ao da sua cotação antes da agressão, para a Real Sociedad, de Espanha, onde permaneceu durante três anos, de 1997 a 2000.
Antes tinha ingressado no Sporting em 1994, proveniente do Salgueiros, realizando com a camisola verde e branca 77 jogos oficiais e marcando 20 golos, regressando a Alvalade depois da experiência no futebol espanhol.
De 2000 a 2006 voltou a jogar no clube do seu coração, em 97 jogos oficiais nos quais marcou 14 golos, tendo disputado o último jogo frente à Naval 1º de Maio, na antepenúltima jornada do campeonato 2005/06, no qual viu um cartão vermelho directo que precipitou o fim da sua carreira no Sporting, então sob o comando técnico de Paulo Bento com quem chegou a protagonizar alguns "choques".
Quando se pensava que poria termo à carreira futebolística, até pelos problemas de lesões que passaram a apoquentá-lo, ingressou no Standard de Liége, que representou até ao final da época 2006/07.
Actualmente com 37 anos, apresta-se para suceder ao anterior director desportivo, Pedro Barbosa, integrado na nova estrutura do futebol, na qual será o elo de ligação entre a SAD, a equipa técnica e os jogadores.
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