Declarações de Vítor Bruno, treinador do FC Porto, na antevisão do duelo com o Estrela da Amadora. A conferência de imprensa estava marcada para às 13h00 no Olival mas, por motivos técnicos, teve de ser adiada para às 13h45 e transferida para o Estádio do Dragão.
Que Estrela da Amadora espera? "Temos de estar atentos. O Estrela vem de uma vitória moralizadora e também pelo que fizeram em vários momentos do jogo, com lances claros para se colocarem na luta pelo resultado em outros jogos. Se não ganhou fora ainda, é um alimento motivacional. Temos de entrar para ganhar ou ganhar, impor o que é nosso, muito mandões, porque vimos de um resultado que não nos favorece em nada no campeonato. Temos de continuar o nosso trabalho".
Dragão é fortaleza do FC Porto: "Tem a ver com a forma como gerimos os jogos para nos colocarmos na frente do marcador. Depende dos adversários, da forma como vêm alicerçados. Os campeonatos são ganhos em casa e fora. Fortaleza ou não, claro que ter 50 mil pessoas a empurrar-nos é melhor, ajuda a resolver problemas que vão aparecendo durante o jogo".
Há pressão após vitórias dos dois primeiros? "Há sempre pressão, mas no campeonato inteiro, ainda para mais estando na Liga Europa. É o que é, não podemos controlar isso. O que controlamos são as nossas ideias, os nossos conceitos, e mesmo assim pode aparecer algo estranho. Se é pressão mais ou menos, temos é de olhar para dentro".
Arbitragens estão a influenciar a classificação da Liga? "Pode haver esse sentimento não só meu mas de muita gente que vive o futebol. Há critérios diferentes perante lances que têm alguma semelhança. Não podemos dizer muita coisa, sabemos o que nos espera se dissermos tudo o que nos vai no coração, mas o preço mais alto que se paga por se ser incongruente só o sente mesmo quem sofre dessa incongruência. Há lances recentes que não caem bem a ninguém e há muita gente que fica mal na fotografia".
FC Porto forte em transições ofensivas: "É momento do jogo demasiado importante para ser ignorado. Temos de tentar capitalizar ao máximo para chegar à baliza com perigo. A nossa primeira grande intenção é chegar à baliza de forma muito rápida, vertiginosa. Não podendo, temos de trabalhar em momentos de transição. Temos gente muito vertical, rápida, que cresce com grande velocidade, e é um momento que temos de aproveitar".
Situação de Wendell. Pode sair em janeiro para o São Paulo? "Podia dizer que é tema da direção, mas respeito o jogador. É verdade que há alguma celeuma em volta da situação, talvez [Wendell] tenha vontade de ir para outro espaço diferente. O mês de janeiro é sempre muito agitado e vamos ter de ser criteriosos na forma como vamos gerir o mercado. O Wendell tem sido muito profissional, mas tenho gente que me dá totais garantia, há muitas opções para aquele espaço, tem sido uma questão de opção. O que quero é que os grandes reforços sejam os que vêm de dentro, quem entra fá-lo com grande compromisso. O que quero é ter toda a gente disponível para poder jogar. Reconheço que tenho um plantel demasiado extenso e isso leva a alguma insatisfação".
O Estrela da Amadora, 13.º classificado, com 12 pontos, joga na segunda-feira, às 20:15, no Estádio do Dragão, frente ao FC Porto, terceiro classificado, com 31 pontos, numa partida que será arbitrada por Miguel Nogueira, da associação de Lisboa.
Comentários