O ministro da Presidência do Conselho de Ministros e da Defesa Nacional, Jorge Tolentino, disse ontem a tarde que o Governo cabo-verdiano quer que a seleção nacional de futebol permaneça o menos tempo possível nos Camarões.
Segundo Jorge Tolentino, que falava em conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros desta quinta-feira, para o jogo da segunda mão da terceira e decisiva eliminatória de qualificação para a CAN na África do Sul, aprazado para 14 de outubro, o executivo está a criar todas as condições para que a seleção esteja na melhor forma e que a participação decorra da «melhor maneira e em segurança».
«Já temos praticamente feito o negócio com os TACV (transportadora aérea cabo-verdiana) no sentido da realizar um voo charter, que será a melhor forma de garantir que a presença da seleção seja a mais curta possível em território camaronês, ou seja, que chegue o mais tarde possível e possa sair logo após a realização do jogo», explicou.
De acordo com Jorge Tolentino, o Governo está a trabalhar com as embaixadas cabo-verdianas em Luanda (Angola) e Dakar (Senegal) no sentido de garantir a participação das comunidades emigrantes, que viajarão no mesmo voo que a seleção, assim como o executivo que vai estar representado pela ministra da Educação e Desporto, Fernanda Marques, e mais dois membros do Governo.
«A primeira preocupação do Governo foi que o Estado de Cabo Verde fosse representado ao mais alto nível mas o Presidente da República, infelizmente, não poderá estar por razões da agenda mas o Governo estará representado ao mais alto nível», indicou.
O jogo da primeira mão da terceira e última eliminatória para a fase final da CAN’2013 foi disputado a 8 do corrente mês e terminou com a vitória de Cabo Verde por 2-0.
Desde então que os camaronenses têm reagido com «violência e insatisfação» ao resultado, tendo atacado a sede da federação do futebol e levado a demissão do selecionador.
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