Danilo Pereira foi um dos jogadores presentes na conferência de imprensa diária da seleção nacional, que prepara o jogo de caráter particular desta terça-feira diante da Eslovénia em Liubliana.

O internacional português antevê uma partida difícil perante um adversário com muitas valências, e falou também sobre os compatriotas com quem partilha balneário no Paris Saint-Germain, e praticamente confirmou a saída de Mbappé dos parisienses no final da época.

Oblak o único destaque: "Há sempre essas comparações. Como não é um nome sonante a nível europeu, como Espanha ou França, as pessoas têm sempre tendência de julgar dessa forma, mas não vejo assim. A Eslovénia tem uma boa seleção, com dois ponta de lanças que jogam muito bem na profundidade e com a bola no pé. É uma seleção que joga muito compacta. Não vai ser um jogo fácil. Vamos jogar no terreno deles, o que nunca é fácil, mas estes jogos são para treinar aquilo que vão ser os nossos adversários no Europeu"

PSG sem Mbappé: "Tenho de estar preparado. Se ele não vai estar connosco, tenho de estar preparado. É um jogador fundamental, vai ser fundamental para qualquer equipa onde esteja, mas é a vida. Há jogadores que vão, outros que vêm, e temos de nos adaptar a isso"

Portugueses no PSG: Tenho visto desenvolvimento na forma como encaram todos os momentos de seleção e clube de forma agradável. São três jovens que têm vindo a crescer bastante. O facto de estarem no PSG, a disputar jogos de grande nível, também os ajuda a crescer mental e fisicamente. Ainda estão num nível de experiência. O Vitinha, pelos jogos que fez, está mais preparado, mais cimentado no grupo do PSG. O Nuno Mendes, com as lesões que teve, é um jogador que está no terceiro ano de PSG, já tem experiência. É um jogador que tem uma intensidade muito forte no jogo, o que leva a um maior desgaste, mas está muito bem. Já fez um jogo na seleção e alguns no PSG, de grande nível. O Gonçalo é um jogador que precisa mais dos companheiros, porque é ponta de lança e precisa de golos, mas faz um bom trabalho, faz o que o treinador pede. O primeiro ano no PSG está a ser muito positivo, porque é um clube de difícil adaptação. São três jogadores dos quais tenho muito orgulho.

Danilo, o 'paizinho': É uma expressão engraçada, porque, no meio deles três, eu é que tenho e meter ordem naquilo. É bom ouvir que eles têm esse respeito por mim, é um respeito saudável. Tento ajudá-los da melhor maneira possível, porque estou no PSG há mais tempo, conheço bem o contexto do clube. O conselho que dou a todos os mais novos é que continuem a trabalhar. Se estão na seleção, é porque têm qualidade para isso. O João Mário só tem de acreditar até ao último momento, porque a qualidade está lá. É um miúdo que conheço há alguns anos, sei as qualidades que tem, e ele não duvida delas. É o trabalho que traz o sucesso"

Ausência do primeiro jogo: "É estranho, sabendo que estou num âmbito de seleção nacional e ter dias de folga. Nunca aconteceu. Não podia fazer nada de muito diferente do que faço na seleção, tentei estar sempre preparado para estar nas melhores condições. Foi um jogo muito competente, vi muita seriedade. Muitas vezes, em jogos amigáveis, há tendência para facilitar, mas não vi isso. Vi uma equipa muito séria, a cumprir com o que o selecionador pedia. É assim que temos de continuar até ao Europeu"

Intensidade defensiva: "É isso que temos vindo a treinar, desde o primeiro dia em que o selecionador chegou. É essa intensidade defensiva e ofensiva que temos de ter para evitar esses momentos de contra-ataque. Para uma equipa que ataca tanto como nós, temos de ter essa reação à perda, para que não tenhamos esses dissabores de sofrer um golo. Essa reação é o que temos vindo a trabalhar, e isso reflete-se nos jogos"

Longevidade de Pepe: "É uma inspiração para todos, não só para mim e para o João Mário, que continua a sê-lo, mas para todos os jogadores que estão na seleção. É um jogador que está com uma longevidade muito boa, continua a fazer grandes exibições. É um exemplo para qualquer jogador a forma física dele e a mentalidade que tem em qualquer tipo de treino e jogo. Só motiva qualquer jogador"

Modelo de estágio: "Este novo modelo foi inovador, positivo. Nestes dias, tem sido positivo. já conhecia a maior parte dos jogadores, já sabia como trabalham e a seriedade. É muito positivo para que novos métodos sejam vistos, para todos os portugueses e para o selecionador. É uma oportunidade para toda a gente se poder mostrar e desfrutar da seleção"