O Nápoles confirmou a conquista da Liga italiana de futebol, 33 anos depois, após empatar 1-1, na deslocação ao campo da Udinese, quando faltam cinco jornadas para o final da prova.

A formação comandada por Luciano Spalletti repetiu os sucessos de 1986/87 e 1989/90, quando o Nápoles era liderado em campo por Maradona, passando a somar os mesmos três títulos da Roma, no oitavo lugar do ranking, liderado pela Juventus (36 troféus).

Aurelio De Laurentiis, presidente do clube desde que o adquiriu no processo de insolvência em 2004 e quando militava na terceira divisão, já disse que quer mais, a Liga dos Campeões.

"Hoje é a coroação de uma espera de 33 anos. Quando cheguei disse que em dez anos estaríamos na Europa, uma promessa cumprida de antemão. Depois disse que seriam dez anos para o Scudetto [título italiano] e ganhámos com avanço. Agora há que voltar a ganhá-lo e falta a Champions", disse o líder dos napolitanos em declarações à DAZN e citado pelo jornal O Jogo.

Com o título é habitual falar da saída de jogadores influentes na conquista, mas Laurentiis diz que em equipa que ganha não se mexe.

"Esta equipa encheu-se de responsabilidade e precisávamos de uma punhada de ar fresco no grupo. Agora ganhámos, sabendo que construímos este Scudetto ao longo dos anos. Este Scudetto é um novo ponto de partida. Agora não devemos parar, isto deve ser um começo e para isso, Osimhen e Kvaratskhelia não se mexem, não se toca neles", referiu.

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O título, que escapava ao Nápoles desde 1990, então às costas de Diego Maradona, vem consagrar uma temporada avassaladora da equipa de Luciano Spaletti. No ano passado, os napolitanos já tinham dado um ar da sua graça, com um arranque de época fantástico, mas que acabou travado por uma quebra a meio da época. Mas esta temporada ninguém os parou.

São 25 vitórias em 32 jornadas, tendo ainda averbado cinco empates e três derrotas - duas em casa, 0-4 diante do AC Milan e 0-1 com a Lazio; e uma fora, 1-0 na visita ao Inter Milão. Com o título praticamente no bolso, o Nápoles até dispôs de margem suficiente para dedicar especial atenção à Liga dos Campeões, onde acabou eliminado nos quartos de final, precisamente por outra equipa italiana: o AC Milan venceu por 1-0 em San Siro, tendo depois empatado 1-1 em Nápoles.