O FC Porto conquistou a Taça de Portugal pela 19.ª vez, ao vencer o Braga na final por 2-0, no Jamor. Os portistas fizeram valer o estatuto de vencedor e conquistaram o terceiro troféu da época, depois da Supertaça e Taça da Liga. Só faltou a I Liga, que foi ganha pelo Benfica com dois pontos de vantagem sobre os portistas.

André Horta (autogolo) e Otávio fizeram os tentos dos portistas, num jogo com duas expulsões para cada lado: Wendel aos 62 e Niakité aos 79.

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A defesa do título fez-se com os mesmos, com Sérgio Conceição a apostar no onze que já se esperava, com Pepê na lateral direita e Eustáquio a fazer dupla com Uribe no meio. Nos minhotos, Artur Jorge trocou Siqueira por Cristian Borja na lateral esquerda.

Frente-a-frente, segundo e terceiro da I Liga, curiosamente as equipas que venceram as últimas três edições (duas do FC Porto e uma do SC Braga). E da última vez que guerreiros e dragões marcaram presença no Jamor, a festa foi dos minhotos, que se impos em 2016 no desempate por grandes penalidades (4-2, após empate 2-2 no tempo regulamentar e prolongamento) e desforrando-se da derrota sofrida frente aos portuenses nas finais de 1977 (1-0) e 1998 (3-1). Na sua 33.ª final, o FC Porto procurava o 19.º título, o Braga queria quarto troféu após sete presenças na final.

Dragão ameaçador e Matheus a brilhar

A equipa azul e branca colocou no relvado todo o seu favoritismo e criou várias situações de golo nos primeiros minutos. Apenas a falta de pontaria e a inspiração do guardião Matheus evitou que os portistas fossem para o intervalo a vencer.

A avalanche ofensiva dos detentores do troféu começou logo aos quatro minutos. Evanilson colocou na área, Taremi recebeu sem espaço, mas serviu Eustaquio que rematou fraco, para defesa segura de Matheus. No minuto seguinte, novamente Eustáquio na jogada: remate à meia volta, assistido para Taremi, mas desta vez Matheus sacudiu para canto.

Aos oito, Uribe ganhou nas alturas após canto, mas atirou para fora. Aos nove é Tormena a fazer um grande corte, a impedir que o passe de Galeno chegasse a Taremi na área.

O Braga tinha dificuldades em sair a jogar, face a grande pressão portista. A solução era jogar longo, mas aí a defesa portista tinha vantagem. Só aos 38 minutos se viu a primeira jogada de perigo do Braga, pelo seu corredor direito. Bruma ganhou na velocidade, deixou em Ricardo Horta que disparou para defesa de Cláudio Ramos, para a frente. Marcano apareceu de pronto a aliviar.

De um erro de Niakité, após pressão de Otávio, o FC Porto vai dispor de nova situação para marcar, aos 20 minutos. Otávio deixou Evanilson na cara de Matheus, mas, mais uma vez, o guardião dos minhotos voltou a levar a mulher, defendendo para canto o remate do avançado portista. Os dragões terminaram o 1.º tempo por cima, com uma bola no poste, por Uribe aos 32, antes de Tormena impedir que o remate de Evanilson desse golo, aos 31. Evanilson que daria o seu lugar a Toni Martinez pouco tempo depois, devido a lesão. O brasileiro saiu em lágrimas~.

Artur Jorge tinha de fazer algo desde o banco se quisesse mais do jogo, porque ofensivamente o Braga estava a ter dificuldades. Iuri Medeiros não se viu, Bruma apareceu a espaços e Ricardo Horta também pouco se viu em campo.

FC Porto ganha vantagem mas fica com menos um

O segundo tempo não trouxe nada de novo, com o FC Porto a carregar nos flancos. E foi do direito que surgiu o 1-0, aos 53 minutos: Galeno foi lançado no seu flanco, centrou de pronto para a área onde apareceu André Horta a antecipar-se a Toni Martinez, mas a desviar para a própria baliza.

Artur Jorge não esperou muito e lançou de pronto Álvaro Djaló, Uros Racic e Mendes para os lugares de Iuri Medeiros, André Horta e Cristia Borja.

À passagem do minuto 62, um dos lances do jogo. Falta muito feita de Wendel sobre Vitor Gomes, o árbitro João Pinheiro mostrou-lhe amarelo, mas, alertado pelo VAR, foi rever a jogada no monitor e mudou a decisão: cartão amarelo anulado e vermelho direto ao defesa dos dragões (9.ª expulsão para um jogador do FC Porto esta época).

Sérgio Conceição ainda esperou um pouco mas teve de recompor a defesa, com a saída de Toni Martinez e a entrada de Zaidu. O espanhol (tinha entrado aos 44 para o lugar do lesionado Evanilson) foi muito ovacionado pelos adeptos portistas e recebeu um forte abraço de Sérgio Conceição.

SC Braga vs FC Porto
Galeno festeja golo do FC Porto créditos: JOSE SENA GOULAO/LUSA

Com mais um, Artur Jorge meteu o avançado Banza no posto do defesa Victor Gomes e dotou o Braga de uma linha ofensiva com muitos mais homens na procura do empate. A entrada de Pizzi para o lugar do defesa Tormena aos 75 era o tudo por tudo do treinador do Braga no jogo.

A partir daí o jogo mudou de feição, com os minhotos a jogar perto da área portista e os azuis e brancos a defenderem com todos os homens atrás da linha da bola, na defesa do magro resultado. No entanto, o Braga errava passes, mostrava falta de criatividade para dar a volta a situação.

Niakité expulso, Otávio mata o jogo

E pior ficou quando, aos 79 minutos, Niakité viu vermelho direto após falta dura sobre Taremi que ia isolado. O central do minhotos ficou muito desagradado com os colegas pela forma como perderam a bola.

Se estava pior com o vermelho, difícil ficou com o 2-0, de Otávio, aos 81 minutos. Passe fantástico de Zaidu a isolar Galeno, o extremo ganhou na velocidade e meteu na área onde apareceu Otávio, de carrinho, a desviar para o fundo das redes.

Até ao final, destaque para um remate de Galeno à barra, nos descontos.

Na sua 33.ª final, o FC Porto arrebata a Taça de Portugal pela 19.ª vez no seu historial. Já o Braga somou a sua 5.ª derrota em oito finais.

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