Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, falou esta terça-feira em conferência de imprensa para fazer a antevisão ao encontro de quarta-feira, nos Açores, frente ao Santa Clara, a contar para os quartos de final da Taça de Portugal.

O técnico dos azuis e brancos disse o que espera do embate com os açorianos, mas falou igualmente de outros assuntos da atualidade dos dragões, como a distância pontual para os rivais na luta pelo título na Primeira Liga, ou as eleições para a presidência do clube azul e branco.

Presença na apresentação da candidatura de Pinto da Costa e abraço ao presidente: "Gostaria de dizer algo que é importante e sei que me vão perguntar. Quero que respeitem o sócio e treinador que aqui está. Relativamente ao abraço, é um abraço a quem dei um amigo, um mentor que eu conheço desde os 15 anos e que me deu oportunidades importantes a nível pessoal e profissional. Foi um abraço muito importante para ele e para mim, de alguém que se conhece há mais de 30 anos. Peço que respeitem isso."

O embate com o Santa Clara: "É uma equipa experiente que eu considero que podia estar na Primeira Liga. Poderá estar mau tempo, desde a chuva ao vento. O relvado estava em mau estado no último jogo. Não sei se estão todos a par disso. Não sei o que esperar, mas espero que o jogo possa decorrer de uma forma normal. Já existem dificuldades e ainda acresce essa. Temos de ter em conta o futebol produtivo. É uma preocupação minha nesse sentido. O último jogo não veio abalar a nada. A equipa está bem. Do ponto de vista do resultado foi negativo e estamos cientes disso. Temos de olhar para o jogo como uma final".

Eventual adiamento do jogo por falta de policiamento ou outros motivos: "Pode complicar o calendário, claro, mas estamos a falar de um setor que está em protesto. É um setor muito importante para a sociedade. Claro que não ficaria satisfeito se chegar aos Açores e não jogar. Entra a questão do calendário, é muito apertado. Para arranjar uma nova data não é fácil, mas temos de respeitar o processo. Não tivemos informação nenhuma de que não haja jogo. Penso que está tudo preparado para que haja. Em termos de condições climatérica é que não sei, se a bola rola ou não".

Luta pelo título e distância para Sporting e Benfica. "Não há muito a fazer. É olhar para a frente naquilo que podemos controlar. Temos de ser mais competentes, esperando que as restantes pessoas, que não controlamos, sejam competentes também. Em maio fazem-se as contas."

Adiamento do Famalicão-Sporting pode influenciar campeonato: "O Sporting terá mais um jogo para fazer, que está em atraso, ponto. Tudo depende da forma como o Famalicão e o Sporting abordem o jogo para discutir os pontos que têm a discutir. Essa coisa de cair para segundo e ter um jogo a menos... Não embarco muito nisso."

Alan Varela a crescer e a bater à porta da seleção argentina: "Na observação que fizemos, queríamos um jogador que ocupasse o espaço do Uribe. Vi potencial nele nessa posição, com tempo para pensar e executar, muitas vezes a encaixar na linha defensiva por ser um elemento do meio-campo. Talvez fosse mais pelas dinâmicas da equipa do que o potencial dele. Tem boa chegada, bom remate e define bem. Nesse sentido houve uma evolução interessante, sendo que agora tenho pedido coisas um pouco diferentes, por comparação ao início da época. E ele sente-se com mais liberdade. Quero que possa chegar mais à frente e, assim, possa decidir".