Desde os Jogos Olímpicos Pequim2008, em que Nelson Évora se consagrou como quarto, e último, campeão olímpico luso, no triplo salto hoje honrado por Mamona, e Vanessa Fernandes conquistou prata no triatlo, que Portugal não via múltiplos medalhados numa mesma edição.
Na capital nipónica, o primeiro a chegar ao pódio foi Jorge Fonseca, conseguindo a terceira medalha para o judo, depois de Nuno Delgado e Telma Monteiro, com a atleta lisboeta a conseguir hoje a prata com um salto de 15,01 metros, novo recorde nacional.
Portugal vinha de dois Jogos com apenas um ‘metal’: a prata em Londres2012 dos canoístas Emanuel Silva e Fernando Pimenta, primeiro, e o bronze de Telma Monteiro no Rio2016, depois.
De resto, o ‘bis’ permite cumprir o estipulado no contrato-programa entre o Comité Olímpico de Portugal (COP) e o Governo, pelo menos no que a pódios diz respeito, já que estavam contratualizados precisamente dois.
Antes, Atenas2004 tinha rendido três medalhas, segundo e último ‘hat trick’ da comitiva portuguesa.
Sérgio Paulinho pasmava o mundo do ciclismo com a prata na prova de fundo de estrada, enquanto Francis Obikwelu se estabeleceu como um dos homens mais rápidos de sempre nos 100 metros, com uma prata arrancada ‘a ferros’, e a nação pôde ainda ‘sofrer’ com Rui Silva até ao bronze nos 1.500 metros.
Antes disso, Los Angeles1984 trouxeram o primeiro ouro da história nacional em Jogos, na maratona vitoriosa de Carlos Lopes, com António Leitão, nos 5.000 metros, e Rosa Mota, na maratona, a conseguirem bronze, na única outra vez em que foram conseguidos três ‘metais’.
Depois de um primeiro ‘bis’ em Londres1948, Portugal ‘habituou-se’ a pelo menos duas medalhas no período entre Atlanta1996 e Pequim2008: o ouro de Fernanda Ribeiro (10.000 metros) e o bronze de Vítor Hugo Rocha e Nuno Barreto, no 470, lançaram a tendência.
Seguiram-se dois bronzes em Sydney2000, por Fernanda Ribeiro e Nuno Delgado (judo), o ‘hat trick’ do berço dos Jogos e as duas da capital chinesa, um hábito agora retomado, sendo que mais medalhas estão ainda no horizonte luso.
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