O Tribunal da Praia e a Polícia Nacional estiveram na manhã desta terça-feira na sede da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol para "arrombar as portas no sentido de penhorar alguns bens da federação para saldar dívidas relacionadas com uma agência de viagens".
A informação é avançada pelo vice-presidente da FCBB, Eugénio Martins, que na ausência do presidente André Delgado (encontra-se no exterior) teve de representar a instituição, e que julga tratarem-se de dívidas contraídas com as deslocações das seleções cabo-verdianas da modalidade para o Afrobasket.
Eugénio Martins disse ter sido chamado de urgência pelo funcionário desta instituição e que teve de deslocar-se ao local para se inteirar do processo e tentar adiar, "talvez para amanhã", esta situação que o mesmo considera constrangedora, alegando que "quase todos os dias os credores estão à porta a exigirem o cumprimento das dívidas".
"Espero ter todas as informações da auditoria solicitada pela federação e dos pedidos de todas as instituições da Cidade da Praia, as mais próximas da sede, para a federação se inteirar da real dívida pendente", explica Martins, acrescentando que a FCB está a ser confrontada tanto pelo Tribunal e Polícia Nacional para execução de penas, como junto dos credores.
"Agora vamos fazer 'démarches' junto do Ministério Público para ver qual a forma a resolver este problema. Queremos ver como instituição pública se há alguma possibilidade de alguma isenção a nível de custos de processos ou ver de que forma, ainda que interna, com os poucos recursos já alocados para atividades programadas, resolver esta situação", atesta.
Funcionários do pavilhão desportivo "Vává Duarte", onde está sedeada a sede federativa, afirmaram que foram surpreendidos com agentes da Polícia Nacional devidamente equipados e com coletes à prova de balas prontos para cumprirem a ordem do Tribunal.
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