O espanhol Vicente De Mateos (Louletano-Hospital de Loulé) venceu hoje ao ‘sprint’ a quinta etapa da Volta a Portugal em bicicleta, em Viseu, onde tinha sido expulso da corrida em 2014, após troca de agressões com o dinamarquês Asbjorn Kragh.

De Mateos, de 27 anos, cumpriu a sua sexta presença no ‘top-10’ de etapas da presente edição da Volta, impondo-se no final dos 153,2 quilómetros desde Lamego, aos italianos Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira) e Francesco Gavazzi (Androni Giocattoli), segundo e terceiro, respetivamente, em 3:57.58 horas.

Com o mesmo registo chegou o primeiro grupo, que incluía todos os candidatos à vitória na Volta, deixando, um dia depois da chegada ao alto da Senhora da Graça, praticamente inalterada a classificação geral, liderada pelo português Rui Vinhas (W52-FC Porto).

As exceções foram a ligeira aproximação de três segundos do seu companheiro de equipa Gustavo Veloso, campeão em 2014 e 2015, segundo a 2.45 minutos, e de dois de Jóni Brandão (Efapel), ‘vice’ na edição passada e agora terceiro da geral, a 3.02, graças à bonificação na meta volante de Lamego (22,4 km).

Os ataques na frente do pelotão mereceram pronta resposta da W52-FC Porto, que inviabilizou as várias tentativas de fuga, como foram a de Rui Sousa (Rádio Popular-Boavista) e de Nocentini nos 7,9 quilómetros de subida à Serra de São Macário.

O primeiro corredor do pelotão luso a chegar a este topo de primeira categoria estreante no percurso foi o colombiano Wilson Diaz (Funvic Soul Cycles), conquistando a camisola da montanha, mas sem mossa na corrida, com os ‘azuis e brancos’ na frente.

Nem mesmo as derradeiras investidas de Henrique Casimiro, do francês Guillaume de Almeida (Rádio Popular-Boavista) e do espanhol David Belda (Team Roth), já nos arredores de Viseu, impediram a chegada compacta do primeiro grupo, com Brandão no quinto lugar, Veloso no 10.º e Vinhas logo a seguir, no 11.º.

De Mateos foi o mais rápido em Viseu, onde foi expulso da Volta a Portugal em 2014, após uma discussão ao ‘sprint’, seguida de uma troca de murros com Asbjorn Kragh, depois de terem sido terceiro e quarto, respetivamente, numa tirada vencida pelo alemão Phil Bauhaus.

Na terça-feira, o pelotão goza um dia de descanso, regressando à estrada no dia seguinte, para a sexta e mais dura etapa, com 173,7 quilómetros entre Belmonte e Guarda que incluem duas passagens pela Torre, contagem de montanha de categoria especial no coração da Serra da Estrela, e mais três subidas de terceira, uma em Famalicão e duas na Guarda.