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Na segunda posição, com mais um "shot", ficou o inglês Ross Fisher.
O irlandês Shane Lowry conquistou, este domingo, o título do VI Portugal Masters de golfe, ao terminar as quatro voltas ao Oceânico Victoria, em Vilamoura, com 270 pancadas (67+70+67+66), 14 abaixo do PAR.
Na segunda posição, com mais um "shot", ficou o inglês Ross Fisher, que acabou entregar o prémio de 375.000 euros ao irlandês ao falhar um “putt” relativamente fácil de metro e meio no 18, que obrigaria a “play-off” (desempate).
«É incrível. É como um sonho tornado realidade. É o meu primeiro título como profissional», exultou o irlandês, de apenas 25 anos, que já tinha vencido uma prova do Circuito Europeu, o 3 Irish Open, há precisamente três anos e 150 dias (2009), mas então na qualidade de amador e portanto sem direito a prémio.
Lowry não poupou elogios à forma como se sentiu apoiado pela moldura humana que hoje voltou a marcar presença no percurso algarvio, chegando mesmo a confessar: «Parecia que estava a jogar na Irlanda…».
O triunfo em Portugal vai permitir a Lowry saltar do 128.º posto da Corrida para o Dubai até perto da posição 70 - a apenas 10 de "carimbar" a presença -, com um total de ganhos este ano de 727.943 euros.
O final do torneio esteve à altura da boa presença do público (12.000 espetadores para um recorde final de mais de 40.000), com Lowry, Fisher e o austríaco Bernd Wiesberger a alternarem no comando, sobretudo após o “eagle” marcado pelo irlandês no buraco 11.
A volta do irlandês roçou o dramatismo, com um “bogey” a abrir e outro a fechar (buracos 1 e 18), um “eagle” e cinco “birdies” e uma espera angustiante até ao estrondoso falhanço de Fisher no “green”.
O dia também voltou a ser de glória para as cores nacionais, com Ricardo Santos a terminar no grupo dos 16.ºs, com 278 pancadas, seis abaixo do PAR, fazendo o melhor resultado de sempre de um português na prova, superando o 21.º de Filipe Lima em 2007.
«Esta foi para mim a melhor volta do torneio. Estou bastante satisfeito, foi a melhor forma de terminar a prova. Hoje as coisas correram-me como já ansiava há algum tempo», afirmou o jogador do Oceânico Victoria.
O prémio de 26.591 euros dá-lhe um novo fôlego para ambicionar com uma presença no Dubai, na prova de fecho da temporada e surge na altura “perfeita”, após cinco “cuts” falhados.
Ricardo Santos deverá subir cinco lugares na Corrida para o Dubai (94.º para 89.º), com um total de ganhos este ano de 242.592 euros, mas precisa de galgar 29 lugares e de boas presenças nas próximas duas provas que realizará no Circuito Europeu, em Hong Kong e Singapura.
Os amadores Pedro Figueiredo e Ricardo Melo Gouveia terminaram na 27.ª e na 60.ª posições, empatados, com 279 e 284 pancadas, respetivamente.
Figueiredo não melhorou o 23.º posto do ano passado, quando foi o único luso a passar o “cut”, mas esta também terá sido a sua última participação na condição de amador pois pretende terminar o curso nos Estados Unidos em junho e passar a profissional.
«Se tudo correr como planeado este poderá ter sido o último Portugal Masters como amador. Espero jogar muitos como profissional», frisou. A condição de amador obriga-o aliás a perder o prémio superior a 20.000 euros a que teria direito por terminar na 27.ª posição.
Ricardo Melo Gouveia, que fazia a sua estreia no torneio, falhou um “putt” reconhecidamente “triste” no buraco 18, mas a consistência demonstrada nos quatro dias de prova dão excelentes indicações para o momento em que decidir tornar-se profissional, após terminar os estudos universitários nos Estados Unidos.
«Espero que o golfe português continue a melhorar e a envolver mais jovens para o futuro», foi o significativo comentário que deixou ficar no último dia, mas Ricardo Gouveia, que pertence ao campo de Vilamoura, voltou a mostrar que é mais um ídolo para os “miúdos” algarvios e que o futuro da modalidade passa bastante pela região.
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