A Oliveirense teceu duras críticas a arbitragem no jogo que perdeu frente ao Benfica nas grandes penalidades, na meia final da Taça 1947 de hóquei em patins. Em comunicado, o emblema de Oliveira de Azeméis criticou a arbitragem, dando ênfase a um suposto golo não validado no tempo regulamentar que daria a vitória. Uma decisão que levou o clube a ponderar abandonar o jogo ao intervalo.
O clube pede uma mudança no "comportamentos de alguns agentes desportivos", caso contrário, irá "repensar seriamente o investimento que realiza nesta modalidade".
Leia o comunicado da Oliveirense
"A União Desportiva Oliveirense, Simoldes – Hóquei em Patins está incrédula e profundamente indignada com o golo não validado a Vítor Hugo nos últimos segundos da primeira parte do jogo contra o SL Benfica que dava acesso à final da Taça 1947.
Foi na manhã deste sábado, dia 12 de dezembro de 2020, no Pavilhão Municipal do Luso, que nos foi retirada a possibilidade de jogar a final deste domingo porque marcamos 4 golos contra 3 do nosso adversário, por isso a vitória devia ter sido atribuída à Oliveirense, mas, alguém ajuizou de forma diferente:
1 – É unânime que a bola entrou na baliza e, inclusivamente, embateu de forma audível na Barra de Golo, sendo que, num jogo realizado à porta fechada, mais percetível se tornou o som da bola a bater na Barra de Golo.
2 – Os jogadores da Oliveirense gritaram golo, o outro árbitro de pista viu que era golo, os outros dois árbitros aperceberam-se que a bola havia entrado, mas, o árbitro principal entendeu que a bola não entrou. O juiz foi alertado para o erro que estava a cometer, mas, manteve a sua leitura do lance e não assinalou golo.
3 – Os treinadores e Delegado ao jogo da União insistiram e apelaram ao bom senso na leitura do lance, mas, foram ignorados. Mais, o público convidado apercebeu-se de que era golo e, até o nosso adversário, após o final do jogo, admitiu que o golo devia ter sido validado. Destaque para a narração do desafio transmitido em directo na A Bola TV que foi perentória e reiterou que foi golo, tal como demonstram as imagens da transmissão.
4 – A União Desportiva Oliveirense, Simoldes – Hóquei em Patins ponderou abandonar o desafio e não entrar em campo para a segunda parte como forma de protesto. Decidimos ir a jogo em nome da verdade desportiva e no orgulho que temos no desporto que praticamos. Mais, o nosso respeito à Federação Portuguesa de Patinagem e aos nossos adversários fez-nos voltar ao rinque.
5 – Estamos apreensivos com as decisões que jogo após jogo descredibilizam a modalidade e colocam em causa a dedicação e profissionalismo do nossos clube: atletas, treinadores e dirigentes. Dizemos abertamente que o hóquei em patins merece uma melhor arbitragem, mais rigor em que observa e avalia o trabalho dos árbitros, maior exigência para com quem vai para um rinque ajuizar um desafio.
6 – Exigimos que a FPP e o Conselho de Arbitragem intensifiquem o esforço que tem realizado para tornar a arbitragem mais transparente de forma a que ela se eleve ao nível dos principais protagonistas que são os jogadores do designado "Melhor Campeonato do Mundo".
7 – O nosso investimento é avultado e face ao que tem sucedido nesta modalidade ao longo dos anos, afirmamos que ou quem manda no hóquei em patins português altera os comportamentos de alguns agentes desportivos, ou a Oliveirense vai repensar seriamente o investimento que realiza nesta modalidade.
8 – Continuaremos a lutar pela verdade desportiva, pela transparência e qualidade na arbitragem. Não podemos ficar em silêncio e devemos proteger e defender os nossos atletas e treinadores que dia a dia lutam pelas cores da União Desportiva Oliveirense."
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