Lewis Hamilton venceu o Grande Prémio da Bélgica em Fórmula 1 e consolidou ainda mais a sua liderança no mundial de pilotos. O inglês da Mercedes partiu da 'pole position' e, apesar de estar pressinoado pelo seu colega Valteri Bottas, conseguiu ganhar vantagem e gerir a corrida até ao final para voltar a ganhar em Spa-Francorchamp, com 8,448 segundos de vantagem sobre o finlandês e com 15,455 em relação ao holandês Max Verstappen (Red Bull).

Esta foi a 6.ª vitória de Hamilton na temporada em sete corridas, a quarta do inglês em Spa-Francorchamp. Hamilton chegou as 89 vitórias na Fórmula 1, estando agora a apenas duas do recorde de Michael Schumacher.

Hamilton alarga assim a sua liderança no Mundial de Pilotos, aumentando para 47 pontos a vantagem sobre Max Verstappen, o segundo da classificação.

Valteri Bottas foi segundo e ajudou a nova dobradinha da Mercedes. Verstappen, da Red Bull, ficou com o último lugar do pódio. Destaque para os quarto e quinto lugares da Renault, com Ricciardo à frente de Occon.

Alías o australiano Daniel Ricciardo conseguiu mesmo o melhor resultado do ano com esta quarta posição, somando ainda um ponto extra por ter feito a volta mais rápida.

Albon foi 6.º, Lando Norris acabou em 7.º, Gasly em 8.º, Strol em 10 e Pérez fechou  top ten.

A corrida

Depois de ter conseguido a 93.ª 'pole position' da carreira, Hamilton partiu bem e não deu hipóteses a concorrência. Nas primeiras voltas ainda esteve sob forte pressão de Valteri Bottas, sem que o finlandês tivesse esboçado um verdadeiro ataque à liderança.

Verstappen também arrancou bem e ainda pressionou Bottas nas primeiras voltas mas desde cedo ficou claro que os Mercedes estavam num mundo a parte. Hamilton e Bottas iam percorrendo, à vez, os 7,004 km no circuito de Spa-Francorchamps em menor tempo, fazendo sempre as melhores voltas da prova. Destaque para o excelente arranque de Daniel Ricciardo da Renault, que pressionou e muito Verstappen na primeira volta.

As primeiras voltas foram animadas, com várias ultrapassagens. O francês Pierre Gasly brilhava mas a passagem da 11.ª volta, Giovinazzi perdeu o controle do seu carro e bateu no muro de proteção na curva 14. Uma roda saltou e bateu no carro de George Rusell, com os dois carros a ficarem danificados. 'Safety car' teve de entrar em ação.

Todos os pilotos aproveitaram para montar os pneus duros e antecipar a paragem. Uma decisão arriscada já que nas derradeiras voltas, os homens da frente - Hamilton, Bottas e Verstappen - estavam a ter muitas dificuldades com os pneus, tal como aconteceu em Silvestone, quando Hamilton terminou com um furo e quase perdia a vitória e Bottas viu fugir muitos pontos após um furo.

Este foi mesmo o único motivo de susto para o vencedor da prova na Bélgica. Hamilton reconheceu que degradação do pneu dianteiro direito fez-lhe lembrar "o nervosismo sentido em Silverstone [no GP de Inglaterra, em que sofreu o rebentamento de um pneu na última volta]".

"Não foi das corridas mais fáceis. Bloqueei as rodas na quinta volta e comecei a sentir uma vibração", revelou, no final.

O recomeço da prova após o 'safety car' não trouxe novidades, apesar de Verstappen ter tentado ganhar o lugar a Bottas.

As derradeiras do GP da Bélgica ganharam emoção, com várias ultrapassagens. Occon foi galgando lugares até terminar em 5.º, atrás de Daniel Ricciardo, seu colega de equipa na Renault.

Destaque, pela negativa, para os Ferraris: partiram da 13.ª e 14.ª posição e aí terminaram. Leclerq ainda ganhou umas posições no início, esteve nos pontos durante várias voltas mas foi ultrapassado por vários pilotos, até terminar no 14.º posto, um atrás em relação a Vettel que tinha partido do 14.º posto.

A próxima corrida disputa-se dentro de uma semana, em Itália, no circuito de Monza.

Lewis Hamilton somou o 89.º triunfo da sua carreira e ficou a apenas dois do recorde do alemão Michael Schumacher. O inglês soma 157 pontos, mais 47 do que Verstappen e 50 do que Bottas, segundo e terceiro classificados, respetivamente.