A esperada rivalidade entre Lewis Hamilton e Sebastian Vettel na temporada 2017 da Fórmula 1 teve hoje o segundo episódio, com o britânico da Mercedes a vencer o Grande Prémio da China, duas semanas após a vitória do alemão da Ferrari na Austrália.
Após a segunda prova do Campeonato do Mundo, disputada em Xangai, o equilíbrio é quase perfeito: Hamilton e Vettel partilham a liderança, ambos com 43 pontos, e a Mercedes comanda a classificação de construtores com apenas um ponto de vantagem sobre a marca italiana.
Campeão do mundo em 2008, 2014 e 2015, Hamilton partiu da 'pole position' e dominou a corrida do princípio ao fim, para somar a 54.ª vitória da sua carreira, após completar as 56 voltas (305,066 km) em 1:37.36,158 horas.
"Vai a ser um dos (campeonatos) mais renhidos, senão o mais renhido que eu já disputei. Houve voltas em era difícil manter o ritmo e fazer tempos melhores do que Vettel. Tenho muita vontade de ver como se desenrola esta luta", afirmou Hamilton, de 32 anos, que fez ainda a volta mais rápida, depois de ter batido o recorde da pista no sábado - suplantou o registo de Michael Schumacher que durava desde 2004.
Desta vez remetido ao segundo lugar, Vettel cortou meta 6,25 segundos atrás do inglês, enquanto Max Verstappen (Red Bull) completou o pódio, depois de ter largado da 16.ª posição, devido a um problema de motor na qualificação.
Na primeira volta, o holandês recuperou nove lugares e juntou-se aos da frente. De seguida, ultrapassou sucessivamente os finlandeses Kimi Raikkonen (Ferrari), que terminou em quinto, e Valtteri Bottas (Mercedes), sexto, e ainda o seu companheiro de equipa, o australiano Daniel Ricciardo, quarto no final.
A luta entre os dois Red Bull, que para já parecem incapazes de competir com Mercedes e Ferrari, prolongou-se até à última volta e traduziu-se numa diferença inferior a um segundo.
Vettel, quádruplo campeão do mundo (2010 a 2013), também produziu um dos melhores momentos da corrida, ao ultrapassar Raikkonen, Ricciardo e Verstappen entre as voltas 20 e 28, depois de uma prematura ida às 'boxes' aproveitando a presença do 'safety car' em pista.
"Penso que tivemos azar. Tinha a sensação de que éramos mais rápidos. Não pudemos prová-lo desta vez, mas vamos conseguir para a próxima", comentou Vettel via rádio ainda no habitáculo do Ferrari.
O 14.º Grande Prémio da China ficou ainda marcado pelos problemas dos McLaren-Honda do espanhol Fernando Alonso e do belga Stoffel Vandoorne, que acabaram por abandonar a corrida, o primeiro com falhas na transmissão e o segundo com um problema de combustível.
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