O complexo do Estoril Open, único torneio português nos circuitos de ténis ATP e WTA, ocupa 50.000 metros quadrados no Jamor, em estruturas que continuam provisórias e custam 1,2 milhões de euros na montagem e desmontagem.
O crescimento do torneio, organizado pela João Lagos Sports, com competições masculina e feminina desde 1998, lançou a necessidade de instalações definitivas e, em 2007, foi apresentado um projecto entre a Torre de Belém e a ribeira do Jamor.
No entanto, o equipamento, a que se opôs Isaltino Morais, presidente da Câmara Municipal de Oeiras, não passou do papel.
Em Abril de 2008, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, garantiu que o Estoril Open iria continuar no Jamor e que um futuro estádio seria construído no âmbito do Centro de Alto Rendimento (CAR) de ténis.
Também não foi construído qualquer equipamento até hoje para albergar o torneio, cuja próxima edição vai decorrer entre 22 de Abril e 01 de Maio.
Ano após ano, a organização gasta na montagem e desmontagem do complexo 30 por cento dos quatro milhões de euros do orçamento do Estoril Open 2011, menos um milhão do que no ano passado.
Os trabalhos de transformação da área para a edição de 2011, de 23 de Abril a 1 de Maio, prolongam-se por um mês e três semanas, esgotando-se quase 20 horas diárias com a montagem do Central, do "Players Lounge", das áreas comercial e de restauração para o público, do gabinete de imprensa e do espaço "Sponsors Village".
Com 6.300 metros quadrados (2.700 para restaurante VIP), esta estrutura complementar, exclusiva para parceiros, para patrocinadores e seus convidados e espectadores com reserva de camarote no Central, localiza-se este ano ao lado do CAR de ténis.
Na edição de 2010, a "Sponsors Village" funcionou no CAR do ténis, tendo sido colocada uma superfície sobre os seis "courts" cobertos do equipamento.
O principal palco do Estoril Open, o Central, terá a mesma localização de anos anteriores e a mesma capacidade - 7.000 espectadores - desde 2010, ano em que a estrutura foi aumentada para a recepção ao suíço Roger Federer, na altura número um da hierarquia mundial.
O mítico Centralito, considerado um dos anfiteatros mais belos do Mundo, e mais quatro "courts", todos com bancada, receberão também encontros da 22.ª edição.
Para a realização de treinos, a organização disponibilizou um total de seis campos de pó de tijolo, localizados junto à área comercial contígua ao Central.
João Lagos, director do evento, referiu que «foram necessários enormes sacrifícios» e ressalvou que «o Estoril Open mantém-se de pé à custa de muito sangue, suor e lágrimas».
O empresário classificou mesmo de «património nacional» o Estoril Open, galardoado no ano passado pela ATP com o "Prémio de Excelência" de "Melhor Torneio Europeu na Categoria de Marketing e Promoção".
A Tennis Magazine (publicação norte-americana, que tem a maior tiragem do Mundo) considerou o Estoril Open um dos 10 melhores torneios a nível mundial, sem contar com Austrália Open, Roland Garros, Wimbledon e Open dos Estados Unidos, que compõem o "Grand Slam".
Dois reconhecimentos internacionais apesar das insuficiências nas infra-estruturas do Estoril Open, que, no ano passado, recebeu pouco mais de 50.000 espectadores durante a sua realização.
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