Este artigo tem mais de 11 anos
Pedro Gomes comenta a estreia de Bruno de Carvalho no banco de suplentes.
Ontem, no Axa, assisti a um disputadíssimo jogo de futebol. Neste encontro estiveram presentes vários ingredientes que agradam aos adeptos. Um jogo disputado com grande intensidade, no qual aconteceram cinco golos. Por duas vezes a bola embateu nas traves. Também não faltaram as polémicas decisões da arbitragem. Penáltis por marcar. Uma expulsão (i)merecida. O empate a perdurar até ao último minuto, gerou grande emoção, dada a incerteza do desfecho. Venceu o Sporting, como poderia ter ganho o Braga.
O Braga tem vários jogadores lesionados, mas mesmo assim a equipa apresentou bom futebol. Peseiro, com um grupo limitadíssimo, fez o que pôde. Mas aquela defesa de recurso penalizou a equipa. O incorreto posicionamento em função da bola e do adversário facilitaram os três golos dos leões. Também Alan, já não tem o fulgor de há uns anos. Quem está em grande forma é Hugo Viana, ele é o organizador de jogo dos bracarenses. Não tem muita mobilidade, mas é célere e esclarecido no passe. Ontem, os adjuntos de Paulo Bento devem ter ficado agradados com a sua exibição.
Coincidente ou não, a mudança de gestão começa a dar os seus frutos. Pois o Sporting realizou o melhor jogo da época. O paralelismo entre esta ótima exibição e a presença de Bruno Carvalho no banco pode ter várias leituras. Mas não foi por acaso. Bruno de Carvalho é um Líder.
Como verdadeiro Líder é competente, exigente, ambicioso, contagia, estabelece confiança, é franco, transparente, direto, entusiasta, moraliza e aumenta a competitividade da sua equipa de trabalho. E por consequência a da equipa de futebol. Esta vitória foi decisiva para não despegar do pelotão que se candidata à Liga Europa. E para devolver a esperança e unir os sportinguistas em torno da equipa.
Aliás os jogadores leoninos entregaram-se de alma e coração ao jogo. Foi uma equipa com atitude, a qual evidenciou um comportamento volitivo que há muito não se via. Correram com entusiasmo, mesmo só com dez elementos quiseram ganhar, disputaram todos os lances com imensa determinação. Este renascido Sporting tem jogadores com pés e cabeça para fazer golos e somar pontos.
Jesualdo Ferreira, depois de ter tempo para trabalhar, decidiu-se finalmente por colocar André Martins como titular. Observa-se há muito tempo que o meio campo leonino carecia de rapidez de pernas e de pensamento, por isso se estranhava a não inclusão deste jovem.
Aguarda-se que o Professor resolva colocar Eric no seu verdadeiro lugar: Central. Porquê a médio? Ontem na primeira parte tocou meia dúzia de vezes na bola e a maioria sem êxito. A ausência de Bruma no onze inicial é incompreensível.
A transferência de Wolfswinkel para o Norwich City suscitou, erradamente, cenários que colocavam em causa o caráter, a honestidade e a atitude competitiva futura do avançado holandês. Dizia-se que, com medo de se magoar, não disputaria os lances, não meteria o pé. O jovem Wolfswinkel demonstrou que é um excelente profissional. Ontem respondeu perentoriamente aos incautos. Meteu o pé e a cabeça. Meteu três golos e meteu uma bola na trave.
Comentários