Tanta polémica à volta da nega dos árbitros de apitar o jogo entre o Beira-Mar e o Sporting. Ficaram melindrados com as palavras de Godinho Lopes.
Afinal os craques do apito não fizeram falta nenhuma. Pois o árbitro de terceira categoria, Fernando Martins, fez um excelente trabalho, foi o único que não errou, não beneficiou, nem prejudicou, os três “grandes”, ao contrário de alguns dos futuros profissionais.
No final do jogo, Domingos Paciência, lamentou que as coisas não correram bem para o Sporting. Já escrevemos que é preciso dar tempo a Domingos, para fazer as experiências necessárias, até construir a equipa. Ontem mudou um médio, e dois avançados. Capel foi a aposta certa, o espanhol ganhou com mérito a titularidade. Porém, Domingos mudou jogadores, mas manteve o seu modelo preferido, o qual não tem resultado, o 4x3x3.
Depois do paupérrimo jogo na Dinamarca. Domingos pensou e bem, que era preciso alterar, aconselhou-se com os seus adjuntos e optou por M. Fernandez, na esperança que ele introduzisse criatividade, que fosse o elo entre o meio campo e o ataque, que apoiasse o ponta de lança, que penetrasse na zona de finalização, que rematasse. A ideia era boa, mas a apatia do chileno gorou-a.
Wolfswinkel quase não tocou na bola nos 45 minutos iniciais, a bola não lhe chegava, nem ela a procurava. As características deste jogador funcionam melhor quando a equipa atua com 2 aríetes, tal como Hélder Postiga e Rubio. Qualquer um dos três, a jogar sozinho na frente de ataque, é inoperante.
Com as entradas de Izmailov e Postiga tudo se alterou, o modelo para 4x4x2, muitas das vezes transformou-se em 4x2x4. Mudou a mobilidade, a velocidade, a evolução atacante, a interação entre os setores, a pressão atacante que se tornou contínua e o caudal ofensivo que criou 5 flagrantes oportunidades de golo.
Domingos disse «Temos que trabalhar muito na finalização, há que meter a bola lá dentro o que até hoje não aconteceu». Tem razão é preciso preparar os jogadores, mentalmente para encararem a baliza de forma eficaz, aperfeiçoar a técnica de execução, e a tática de antecipação, de movimentação na abordagem à bola.
Domingos procura dar ao Sporting uma identidade, uma estrutura alicerçada nas características individuais. Trabalha incessantemente, a capacidade volitiva esteve presente, a atitude foi correta As dúvidas na escolha dos jogadores vão-se diluindo. O Sporting a manter o nível que apresentou da segunda parte, a vitória está eminente.
Ganhar é urgente, a produtividade é deficitária, dois pontos em dois jogos é pouco. Não moraliza, estar à segunda jornada, a 4 pontos dos líderes. O futebol é imprevisível, ingrato, não interessa ser bem jogado, (2ª parte), ter tanto domínio, criar várias oportunidades. O que decide são os golos. Mas se os leões repetirem a segunda metade de ontem, ou muito me engano, ou quem vai pagar este jejum de golos, é o Nordsjaelland?
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