O vice-presidente da Comissão Europeia Margaritis Schinas garantiu esta quarta-feira que Bruxelas continuará a defender um modelo desportivo europeu “inclusivo”, mesmo com uma vertente comercial, mesmo depois da decisão do Tribunal da União Europeia dar razão à Superliga.

“Não vou comentar a decisão concreta do tribunal, mas vou reafirmar o nosso compromisso com o modelo europeu do desporto é inquebrável e incondicional. Existe o elemento comercial no desporto e no futebol, mas o modelo europeu é para [incluir] todos, a inclusão, a justiça e o desporto dos adeptos”, disse.

O vice-presidente, de nacionalidade grega, eleito pelo partido da Nova Democracia, abordou hoje o assunto em conferência de imprensa e quando no âmbito das suas competências tem a “promoção do estilo de vida europeu”.

O responsável lembrou que o futebol faz parte de quem somos na União Europeia e mostrou-se satisfeito por não estar só na oposição à ideia de uma Superliga, projeto contra o qual já se manifestaram outros membros do Parlamento europeu, das diferentes federações e associações da modalidade.

Em dezembro, o Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) considerou contrária à legislação europeia a decisão da FIFA e da UEFA de proibirem atletas e clubes de participarem em competições privadas, sublinhando que os dois organismos abusaram de uma “posição dominante” na sua ação contra a criação da controversa Superliga, que foi inviabilizada em 2021 e recuperada em fevereiro de 2023.

Ainda assim, o tribunal, com sede no Luxemburgo, assinalou que uma competição como a do projeto da Superliga não tem necessariamente de ser autorizada.