![Eleições na FPF: Proença e Lobo lutam pela sucessão de Gomes, que anseia pelos prometidos 'anéis'](/assets/img/blank.png)
Pedro Proença e Nuno Lobo são os dois candidatos à sucessão de Fernando Gomes na presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), no ato eleitoral marcado para sexta-feira, na Cidade do Futebol, em Oeiras.
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), pela lista 1, e o presidente da Associação de Futebol de Lisboa (AFL), pela 2, submetem-se à votação secreta dos 84 delegados da Assembleia Geral (AG) da FPF, 29 por inerência dos cargos e 55 eleitos.
As eleições para a presidência da entidade que tutela o futebol nacional ocorrem após meses de campanha eleitoral, com as tentativas de alargamento do raio de influência, por Proença, além-fronteiras, por Lobo, em busca de notoriedade, mas também de Gomes, a tentar alargar o espetro às outras modalidades.
O antigo árbitro, de 54 anos, procura reeditar o percurso de Gomes, que em 2011 transitou da LPFP para a FPF, vencendo Carlos Marta, que agora ficou impedido de ser delegado como representante do Tondela, por ter sido condenado, em 2019, a quatro anos de prisão, com pena suspensa, pelos crimes de prevaricação de titular de cargo político e de falsificação de documentos.
Pouco depois de ter posto termo em janeiro de 2015 a uma carreira notável como árbitro, na qual dirigiu as finais da Liga dos Campeões e do Campeonato da Europa, ambas em 2012, Pedro Proença, com formação e carreira em gestão de empresas, assumiu a LPFP, em 28 de julho desse mesmo ano, após bater nas eleições o seu antecessor Luís Duque.
Nos quase 10 anos em que liderou a LPFP, o seu nome praticamente se confundiu com o organismo, sem deixar de marcar ‘presença’ noutros campos, como políticos, fiscais e desportivos, e sempre batalhando pela notoriedade internacional através do talento e, mais recentemente, da união.
Exemplo disso foi a nomeação para presidir à Associação de Ligas Europeias, em 20 de novembro de 2023, o que lhe valeu, de resto, críticas por algumas medidas internacionais não serem totalmente benéficas para os clubes nacionais.
Um dos críticos foi Nuno Lobo, licenciado em Direito, de 47 anos, que liderou a AFL desde 2013, após ter sido chefe de gabinete de Fernando Seara, então presidente da Câmara Municipal de Sintra.
O advogado natural de Viseu tentou capitalizar para si os apoios das estruturas regionais e alguma antipatia da atual liderança federativa relativamente a Proença.
Proença ou Lobo vão suceder a Gomes, que também já está em pré-campanha, para orientar os anéis olímpicos portugueses, no caso da ‘corrida’ à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), numa contenda com os ex-secretários de Estado do Desporto Laurentino Dias e Alexandre Mestre.
A apresentação da candidatura do economista, natural do Porto, está marcada para terça-feira, precisamente o dia da posse da nova direção da FPF, no culminar de alguns meses de uma liderança marcada pelas homenagens, recordações e outros atos simbólicos sobre os últimos 13 anos, os mais bem-sucedidos da história do futebol nacional.
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