A Assembleia da República aprovou hoje por unanimidade dois votos de pesar pelas mortes dos antigos jogadores de futebol Alexandre Batista e Minervino Pietra.
Alexandre Batista, antigo jogador do Sporting e da seleção portuguesa morreu em 03 de março, aos 83 anos.
Alexandre Baptista, que fez a formação no Sporting, alinhou em 163 jogos pelos ‘leões’ e conquistou dois campeonatos nacionais, uma Taça de Portugal e a Taça dos Vencedores das Taças, em 1964, frente MTK da Hungria.
O antigo jogador alinhou também 11 vezes com a camisola da seleção nacional, tendo sido titular durante a fase final do Campeonato do Mundo de 1966, que Portugal terminou em terceiro lugar.
Mais tarde voltou ao Sporting para ser vice-presidente da última direção de João Rocha, entre 1984 e 1986, foi vogal do Conselho Fiscal e fez também parte da Comissão de Honra do Centenário do clube.
Em 2010 foi distinguido com o Prémio Stromp na categoria Saudade.
No voto, apresentado pelo PS, Alexandre Batista é recordado como “figura marcante da história do futebol português” e “um dos melhores jogadores da sua posição”.
Minervino Pietra, antigo futebolista, ex-lateral direito do Benfica e da seleção portuguesa, morreu aos 70 anos de idade, em 07 de março.
Pietra fez 26 jogos e marcou um golo por Portugal e, com a camisola do Benfica, somou um total de 227 encontros e 19 golos, já depois de ter começado a carreira no Belenenses, isto tudo durante os anos 70 e 80 do século passado.
Após finalizar a carreira de futebolista, Pietra treinou Alverca, Estoril-Praia, Juventude de Évora e Barreirense, além de ter sido adjunto no Boavista e Belenenses, mas, a partir de 2007/08, passou a estar sempre ligado ao Benfica, tanto como analista como “treinador residente de várias equipas técnicas do plantel profissional” dos ‘encarnad0s’.
O voto de pesar, apresentado pelo PS, destaca o seu “percurso marcante” de uma “figura marcante da história do futebol português”.
“Ligado ao futebol ao longo de toda a vida, Pietra deixa um legado de sucessos desportivos e de dedicação ao desporto, reconhecido por adeptos, dirigentes e pelos clubes onde marcou presença pela sua personalidade e qualidades humanas e desportivas”, salienta o texto.
Hoje, o parlamento aprovou, também por unanimidade, outro voto de pesar, apresentado pelo Chega, pela morte do jogador e capitão do clube Xico Andebol, Paulo Abreu, na semana passada, aos 26 anos.
No voto, os deputados prestam homenagem e expressam pesar por esta “figura emblemática do andebol nacional, tanto pela sua atuação exemplar em campo como pela sua integridade fora dele”.
“Paulo Abreu não foi somente um jogador de andebol; foi, apesar da sua juventude, uma verdadeira lenda do desporto, cuja carreira foi marcada por inúmeros títulos conquistados ao serviço da Universidade do Minho e do Xico Andebol. Mais do que as suas vitórias e troféus, Paulo Abreu distinguiu-se pelo seu caráter exemplar, pela sua dedicação inabalável ao desporto e pelo seu sentido de ‘fair-play’, sendo ele próprio um modelo de integridade que transcendeu o domínio das competições desportivas”, salientam.
No voto, é também destacada “a sua paixão pelo andebol”, referindo que era “palpável e visível em cada jogo que disputava e em cada interação que tinha com os seus colegas, enchendo de orgulho os corações daqueles que o cercavam”.
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