O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, assegurou hoje estar focado no seu terceiro e último mandato no organismo, apesar de uma potencial candidatura à liderança da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
“Estou muito concentrado e centrado no meu mandato à frente do futebol profissional. Há inúmeros desafios pela frente e este dossiê é extremamente denso e aliciante, incluindo a centralização dos direitos audiovisuais, a alteração dos quadros competitivos e a redução dos custos de contexto. Há uma panóplia de desafios pela frente, que não se esvaziam em um, dois ou três anos. Neste momento, estou concentrado na minha função”, referiu.
Pedro Proença falava aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração da nova sede da LPFP, no Porto, instantes depois de ter sido apontado por Valentim Loureiro, antigo presidente do organismo, como futuro líder da FIFA, após uma eventual passagem pela FPF.
“Qualquer pessoa gosta de ouvir palavras positivas sobre o seu trabalho. Estou nesta posição há quase uma década e hoje vive-se um momento muitíssimo positivo no futebol português, sobretudo a nível profissional. Estiveram aqui representadas as 34 sociedades desportivas [da I e II Ligas], sinal de que a modalidade respira um ar diferente. Isso já é uma grande satisfação para mim, atendendo ao legado que espero deixar”, reconheceu.
A cumprir o terceiro e último mandato na LPFP, que termina em 2027, Proença poderá ser adversário de Nuno Lobo, líder da Associação de Futebol de Lisboa, na corrida à sucessão de Fernando Gomes na FPF, cujas eleições decorrem em 14 de fevereiro de 2025.
“Obviamente, tenho uma responsabilidade perante o futebol português. Neste momento, não sou só o presidente da LPFP, mas também da Associação de Ligas Europeias. Há muitos desafios pela frente no futebol europeu e mundial, mas uma coisa é certa: estarei ao serviço do futebol. Isso é uma convicção clara que eu tenho, porque há quase quatro décadas que sou um homem do futebol. Quando os desafios me são colocados, não viro a cara. O futuro a Deus pertence e eu estarei sempre disponível para estes projetos”, frisou.
Com um investimento avaliado em 18 milhões de euros (ME), a nova casa do futebol profissional português foi construída desde fevereiro de 2022 num terreno cedido pela Câmara Municipal do Porto e estará aberta ao público a partir de janeiro de 2025, tendo sido inaugurada por Pedro Proença, o autarca local Rui Moreira e o primeiro-ministro Luís Montenegro.
“É um momento de celebração do futebol profissional. Inaugurámos uma infraestrutura com um conjunto de valências absolutamente únicas e um conceito vencedor. Estamos muito satisfeitos pelo reconhecimento e pelas entidades que estiveram presentes, algo que é bem demonstrativo da pujança e união que o futebol profissional vive”, enalteceu.
A cerimónia contou com os presidentes de Benfica, Rui Costa, FC Porto, André Villas-Boas, e Sporting de Braga, António Salvador, enquanto a FPF foi representada por José Couceiro, vice-presidente, e o Sporting por André Bernardo, administrador da SAD.
“As pessoas que estiveram cá foram aquelas que quiseram estar. Penso que o futebol profissional esteve verdadeiramente representado. Há uma nova geração de dirigentes, que muito nos orgulha e que tem a capacidade de gerar consensos. Nesse sentido, a LPFP vive um momento diferenciador. Já aqueles que não estiveram cá ou que não vão continuar [ligados à modalidade], seguirão o seu próprio caminho”, atirou Pedro Proença.
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