O presidente da Liga espanhola de futebol considerou que novo modelo da Superliga, hoje divulgado, “apenas favorece os grandes clubes” e “coloca em perigo a estabilidade económica das ligas nacionais e dos seus clubes”.
Para Javier Tebas, um dos grandes críticos desta ideia, os organizadores da Superliga “produzem formatos como se fossem churros, sem analisar os efeitos económicos e desportivos nas competições”.
“O modelo televisivo que propõem apenas favorece os grandes clubes, e sabem-no, enquanto põe em perigo a estabilidade económica das ligas nacionais e dos seus clubes”, escreveu nas redes sociais.
Em comunicado, a Liga espanhola considera que o “novo modelo da falida Superliga”, agora denominada Unify League, “ameaça a governança do futebol europeu, pretendendo ser liderada por alguns dos grandes clubes em seu benefício, impulsionando um modelo de exploração audiovisual que beneficiaria a muito poucos clubes elitistas e destruiria a economia das ligas nacionais”.
A Superliga de futebol foi rebatizada de Unify League e pediu o “reconhecimento oficial” da FIFA e da UEFA, apoiando-se na decisão favorável do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE), anunciou hoje o promotor da competição.
A sociedade A22 Sports Management revelou que “enviou um pedido à UEFA e à FIFA para obter o reconhecimento oficial das suas novas competições europeias transfronteiriças de futebol de clubes”, em comunicado enviado à agência noticiosa francesa AFP.
O pedido da sociedade à FIFA e à UEFA surge quase um ano após a decisão do TJUE, anunciada em 21 de dezembro de 2023, segundo a qual a proibição imposta pelos organismos reguladores do futebol mundial e europeu a atletas e clubes é contrária à legislação comunitária.
A A22 adiantou hoje que reviu o modelo competitivo (que funcionava em circuito semifechado e motivou as maiores críticas ao projeto), após conversações com ligas nacionais, clubes e outros intervenientes, a fim de contemplar “desempenhos anuais” para determinar os seus participantes, mas sem fornecer mais detalhes.
O formato competitivo voltou a ser alterado, aumentando de três para quatro ligas, denominadas Star, Gold, Blue e Union, com as duas primeiras a serem constituídas por 16 equipas cada e as duas últimas por 32, num total de 96, além de duas provas femininas, com 32 clubes.
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