Golo e vantagem alemã, aos 72 minutos, teve o condão de acordar o ataque português para criar soberanas oportunidades golo, que, até então, não se tinham visto.

Primeira parte 

O favoritismo neste jogo desde cedo foi concedido à Alemanha, fosse pelas tão badaladas casas de apostas, como pelos comentadores que foram chamados a opinar sobre este Euro2012. A Portugal cabia provar o contrário e foi sem surpresas que o onze escolhido por Paulo Bento surgiu neste jogo com várias cautelas para assim medir a força e o pulso do adversário.

Tal estratégia resultou que a iniciativa de jogo pertencesse aos alemães, bem como a maior parte da posse de bola, sobrando as transições rápidas para Ronaldo e Nani. Porém, foram raras as vezes em que isso aconteceu nestes 45 minutos, fosse pela dificuldade de ligar o meio campo com o ataque, fosse pelo facto de a Alemanha fechar bem as linhas de passe a Portugal.

Apesar desse facto, valeu o acerto defensivo português e a segurança de Rui Patrício para manter a baliza portuguesa inviolada. E, mais tarde, até foi a Portugal que pertenceu a melhor oportunidade do encontro. Na sequência de um canto, Pepe rematou e a bola bateu caprichosamente na barra e depois caiu mesmo em cima da linha de golo.

Terminava assim a primeira parte que parecia prometer um jogo mais equilibrado na segunda. A verdade é que Portugal subiu mesmo no terreno e durante vários minutos surpreendeu o adversário.

Segunda parte
O jogo não decorria num ritmo elevado, mas o empate ajustava-se perfeitamente perante aquilo que se via. Insatisfeito com o decorrer do jogo, o selecionador alemão, Joachim Low decidiu chamar Klose ao banco de suplentes.
O avançado Mário Gomez reparou nesse facto e decidiu mostrar que merecia a confiança. O alemão aproveitou um bom cruzamento, cabeceou e a bola só parou no fundo das redes de Rui Patrício. Estava desfeito o nulo.
Parece que este foi o condão para se ver o melhor futebol de ataque de Portugal. É na adversidade que vem ao de cima o talento e a qualidade.
Cristiano Ronaldo rematou e pôs as mãos de Neuer quentes, depois foi Nani a cruzar com a bola a descrever um arco e a bater na barra. Ainda houve tempo para Varela ter nos pés o golo do empate e Bruno Alves ter na cabeça outra grande oportunidade.
Era de aplaudir a reação portuguesa, mas era tarde para dar a volta ao resultado. O jogo terminou e consumou-se a estreia negativa de Portugal.
Agora frente à Dinamarca, Portugal está praticamente obrigado a vencer para manter intactas as aspirações de seguir para os quartos-de-final.