O Benfica acabou hoje com uma “maldição” de 17 anos e, após cinco falhanços consecutivos, ultrapassou os “quartos” e está pela 12.ª vez na sua história nas meias finais de uma competição europeia de futebol.

Ao empatar 2-2 no reduto do PSV, depois do triunfo caseiro por 4-1, os “encarnados” voltam a uma fase que não conheciam desde 1993/94, quando, sob o comando de Toni, disputaram o acesso à final com o Parma (2-1 em casa e 0-1 fora).

Para, então, chegar às “meias”, o Benfica afastou nos quartos-de-final o Bayer Leverkusen, após um memorável 4-4 na Alemanha, onde, após um sofrido 1-1 na Luz, esteve a perder por 2-0, a vencer por 3-2 e a perder por 4-3.

Depois disso, falhou cinco vezes consecutivas nessa fase, face a AC Milan (1994/95) e FC Barcelona (2005/2006), na Liga dos Campeões, Fiorentina (1996/97), na Taça das Taças, Espanyol (2006/2007), na Taça UEFA, e Liverpool (2009/2010), já na Liga Europa.

No que respeita a meias-finais, o conjunto da Luz ostenta excelentes 72,7 por cento de aproveitamento, já que conseguiu chegar à final em oito de 11 ocasiões, sendo que a 12.ª será frente... ao Sporting de Braga, no que será o primeiro “duelo” português de sempre na Europa.

Antes de ser afastado pelo Parma, o Benfica só havia caído duas vezes na antecâmara da final, face a Ajax (0-1 fora e 0-0 em casa), em 1971/72, na Taça dos Campeões, e Carl Zeiss Jena (0-2 fora e 1-0 em casa), em 80/81, na Taça das Taças.

Nas restantes oito ocasiões, as presenças traduziram-se em apuramentos, incluindo as primeiras cinco, na Taça dos Campeões, face a Rapid Viena (1960/61), Tottenham (61/62), Feyenoord (62/63), Vasas (64/65) e Juventus (67/68).

Após os desaires face aos conjuntos de Holanda e ex-RDA, o Benfica superou mais três “meias”, perante os romenos do Universitatea Craiova (1982/83) e do Steaua Bucareste (87/88) e os franceses do Marselha (89/90), na primeira ocasião na Taça UEFA e nas seguintes na Taças dos Campeões.

O embate com os gauleses é, assim, o último bem sucedido dos “encarnados” em meias finais: então, e depois de um desaire por 2-1 em Marselha, onde o brasileiro Lima inaugurou o marcador, o angolano Vata decidiu na Luz... com a mão.