O Real Madrid venceu o Barcelona em Camp Nou por 2-1 e quebrou uma maldição de quatro anos sem vencer no terreno do rival. Num jogo decisivo para as contas do título espanhol, a equipa catalã estava obrigada a vencer os “Némesis de Madrid” para poder continuar na luta pela revalidação.
De lição bem estudada após 11 clássicos, José Mourinho tinha consciência da importância simbólica de vencer finalmente na cidade condal como técnico do Real Madrid.
A Cristiano Ronaldo faltava um jogo destes para entrar para sempre na galeria de lendas do Real Madrid. O internacional português tem batido recordes estatísticos ao serviço dos “merengues” mas faltava-lhe decidir um clássico desta maneira, não obstante a vitória obtida na Taça da Rei do ano passado com um golo de cabeça.
Mas em Barcelona mora um jogador com o nome de Lionel Messi. O argentino dispensa apresentações tais foram a quantidade de clássicos que a pequena “pulga atómica” resolveu nos últimos anos. Envergando o número 10, Messi tem sido um pesadelo para as hostes madridistas. Sempre que a possibilidade de vencer o eterno rival surgia no horizonte, lá surgia o génio de Messi para inferiorizar o Reino “blanco”.
No confronto da 35.ª jornada as esperanças catalãs recaiam todas sobre a luz de Messi, para mais uma vez humilhar o Real Madrid. Mas em Camp Nou foi Cristiano Ronaldo quem brilhou. Não só pelo golo que marcou, e que deu o triunfo, mas pela forma inteligente como se comportou em campo, sempre disponível nas ações defensivas e disciplinado nas transições ofensivas.
Ao Barcelona faltou Messi quando o Real Madrid teve Cristiano Ronaldo tal como o conhecemos, implacável na hora das decisões. Frente a Valdés, o número 7 do Real Madrid não podia falhar depois do empate do Barcelona no minuto anterior. Após tantos instantes decisivos, em que o Real Madrid ficou mal na fotografia, desta vez o remate saiu e Ronaldo inscreveu definitivamente o seu nome no panteão de imortais da história do Real Madrid.
O gesto com que Ronaldo festejou o golo foi um claro: tenham calma que agora é a nossa vez.
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