O clube peruano Deportivo Coopsol, que milita na segunda divisão, anunciou hoje o despedimento de todo o plantel, por não conseguir pagar os salários enquanto o futebol estiver suspenso, devido à pandemia de COVID-19.

Uma carta assinada apelo presidente do Coopsol, Freddy Ames, deu conta do despedimento a jogadores e equipa técnica, e o dirigente admitiu mesmo a possibilidade de o campeonato peruano não chegar sequer a ser disputado.

O ministro da Saúde do Peru, Victor Zamora, já disse que o futebol só voltará a ter público quando for encontrada uma vacina para o novo coronavírus, razão pela qual Ames está convencido que a segunda divisão não arrancará, uma vez que as receitas provêm, maioritariamente, da bilheteira.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já provocou mais de 109 mil mortos e infetou quase 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, quase 360 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia, e o continente europeu é neste momento o mais atingido, com cerca de 910 mil infetados e de 75 mil mortos.

Em Portugal, que está em estado de emergência desde 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, registaram-se 504 mortes e 16.585 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.