O antigo futebolista internacional italiano Dino Baggio pediu a abertura de uma investigação às “substâncias farmacológicas” administradas durante o período em que esteve no ativo, na sequência das mortes recentes dos ex-colegas Gianluca Vialli e Sinisa Mihajlovic.

Em entrevista publicada hoje no diário desportivo italiano Gazzetta dello Sport, Baggio, cuja carreira se prolongou de 1990 a 2005 e que disputou 60 jogos pela seleção italiana, questionou se as substâncias administradas naquela época poderão ter reflexos nocivos na saúde dos atletas, a longo prazo.

“Imaginem que os médicos nos davam substâncias dopantes”, observou Baggio, de 51 anos, que alinhou, entre outros clubes, na Juventus, Parma e Lazio, sem revelar se tomou produtos proibidos e afastando depois a sua argumentação do tema do doping.

Baggio gostaria “que a ciência pudesse trazer respostas relativamente a medicamentos administrados para recuperar de lesões ou melhorar os níveis físicos”, pedindo que seja iniciada uma investigação “às substâncias farmacológicas que se utilizavam naquela altura”.

O antigo internacional italiano Gianluca Vialli morreu em 06 de janeiro, aos 58 anos, em consequência de um cancro no pâncreas, enquanto o ex-internacional sérvio Sinisa Mihajlovic morreu em 16 de dezembro de 2022, aos 53 anos, após vários anos a lutar contra uma leucemia.