Florentino Pérez, presidente do Real Madrid e da polémica Superliga Europeia, continua a defender o projeto, afirmando que o mesmo continua de pé, apesar da saída da maioria dos clubes.
Em entrevista à rádio Onda Cero, Pérez considerou que nada falhou no projeto, explicando que a escolha dos clubes foi baseada no número de adeptos, para aumentar receitas audiovisuais.
"Não falhou nada. Há dois anos que trabalhámos, doze equipas, num formato que faça com que algo que está a morrer, o futebol, que perde interesse, não morra. As audiências baixam porque a maioria dos jogos não tem interesse. Se não há audiência, os direitos audiovisuais baixam", disse, citado pelo jornal 'AS'.
"Não excluímos ninguém, não podem estar todos. Um Roma-Sampdoria tem menos interesse que um Manchester-PSG. Recolhemos as audiências dos jogos de todas as ligas. Quem manda são os adeptos. Vemos que o Manchester tem mais adeptos que a Roma. Escolhemos os que têm mais fans no mundo, porque são os que a televisão quer", acrescentou.
Sobre a saída dos ingleses do projeto, o líder do Real Madrid falou em coação por parte da FIFA.
"As equipas inglesas foram coagidas pela FIFA. Assinaram uma coisa que não deviam de ter assinado, porque estão comprometidos com a Superliga. Já queriam castiga-los e os tribunais disseram que não", afirmou.
Florentino Pérez deixou ainda críticas a Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, acusando-o que querer manter os seus privilégios.
"Não volto a falar com ele. Querem manter os seus privilégios e os adeptos não querem. Não podemos todos perder dinheiro e Ceferin aumentar o seu salário. São pessoas com privilégios e que querem mantê-los enquanto o futebol morre", concluiu.
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