O mercado de transferências no futebol não irá abrir a 1 de julho com habitualmente, explicou o diretor jurídico da FIFA. Os jogadores que terminarem contrato a 30 de julho, e que não querem continuar a jogar, caso ainda haja competições nessa altura, podem deixar os clubes mas terão de aguardar até assinar por outro emblema.

"A FIFA não pode prolongar os contratos para além de 30 de junho, mas as janelas de mercado não vão ser as mesmas e os jogadores não vão poder ser inscritos. O mercado não abre a 1 de julho. Se um empréstimo terminar a 30 de junho, teoricamente o jogador devia regressar ao clube de origem, mas a janela de inscrições não estará aberta", anunciou García Silvero em entrevista ao programa 'Tiempo de juego', da rádio espanhola Cadena COPE.

Ou seja, os jogadores emprestados podem regressar aos clubes de origem, se assim quiserem, até porque a cedência terminou a 30 de junho, mas não poderão jogar pelo clube que os emprestou até a abertura da janela de transferências.

Sem datas para os regressos dos campeonatos que estão parados devido a pandemia de COVID-19, a FIFA está a trabalhar de forma contínua para tentar encontrar soluções que possam salvaguardar a verdade desportiva. Tudo irá depender da evolução da pandemia do novo coronavírus em cada país e também da autorização das autoridades sanitárias de cada federação.

A época devia terminar em finais de maio, início de julho e recomeçar em finais de julho, início de agosto, mas tudo indica que estes prazos não serão respeitados até porque ainda há a esperança de se jogar o que falta dos campeonatos parados, além das provas continentais que também foram adiadas.

A pandemia de COVID-19 veio mexer com o futebol no seu todo o que obrigará a FIFA  a tomar medidas e a mexer no que estava estabelecido, como o período de transferências.

"Pode haver várias janelas. Dependerá do final e do início de cada competição. A ideia é que as janelas acabem no momento de começar cada campeonato e não têm de ser coincidentes", explicou o diretor jurídico da FIFA

Esta hipótese de se mexer no calendário das transferências já tinha sido avançada por James Kitching, do departamento de regulamentos da FIFA, em declarações à televisão alemã ARD.

"Isso seria tratado com flexibilidade, desde que o período de 16 semanas não seja alargado", apontou, explicando que uma possível terceira janela de transferências poderá implicar a redução das outras duas. A janela de transferências de verão dura 12 semanas, a do inverno dura quatro semanas.