O FC Porto não desperdiçou a oportunidade de voltar a ocupar, ainda que de forma provisória, o primeiro lugar do campeonato, com uma vitória por 4-0 na receção ao Tondela. Num duelo em que até desperdiçaram diversas ocasiões claras, os 'dragões' triunfaram com um penálti de André Silva, uma 'bomba' de Rúben Neves, um remate em arco de Soares e uma 'machadada final' de Diogo Jota.
Vencer era a palavra de ordem para a equipa de Nuno Espírito Santo, mas face ao duelo com a Juventus da próxima semana o treinador portista mexeu com o 'onze' inicial, nomeadamente na zona do meio-campo. Rúben Neves foi titular, assim como André André e Corona. Danilo Pereira nem no banco de suplentes esteve. Apesar das mudanças no 'miolo', o FC Porto assumiu desde cedo as despesas do encontro nesta zona, mesmo sofrendo alguns 'sustos' graças às boas transições rápidas do Tondela no primeiro tempo.
A primeira ocasião de perigo pertenceu a Soares, que logo aos quatro minutos de jogo fez um grande cabeceamento e obrigou Cláudio Ramos a uma defesa difícil. O FC Porto entrava a pressionar, mas o Tondela reagia por volta dos 15 minutos, procurando aproveitar a velocidade de Pedro Nuno e Murillo. Heliardo, aos 17', desviou para defesa de Casillas, que por esta altura arriscava demasiado na reposição de bola.
Até à meia hora de jogo, o FC Porto reforçou o domínio e aproximou-se da baliza do Tondela através de lances de perigo de André Silva, Otávio, mas Cláudio Ramos ia adiando o golo portista com boas intervenções. Aos 39' Heliardo causou muito perigo com um remate que obrigou Casillas a uma boa defesa.
Foi preciso aproximarmo-nos do intervalo para surgir o golo inaugural, que apareceu de grande penalidade. Luís Ferreira assinalou grande penalidade por falta de Osorio sobre Soares e admoestou ainda o jogador do Tondela com um cartão amarelo. Chamado a converter, André Silva não perdoou e bateu Cláudio Ramos para o primeiro golo do jogo.
O intervalo chegaria pouco depois, com uma boa dose de polémica. Luís Ferreira assinalou nova falta de Osorio sobre Soares, por alegada obstrução, e mostrou o segundo amarelo ao jogador do Tondela, que deixou assim a sua equipa reduzida a dez elementos para a segunda parte.
Se no primeiro tempo houve lances controversos e um domínio portista algo frágil, no segundo tempo os 'dragões' não deram margem para dúvidas, mesmo desperdiçando de forma gritante algumas ocasiões claras de golo. Os segundos 45 minutos arrancaram desde logo com desperdícios incríveis de Soares e André Silva, que podiam e deviam ter feito muito melhor.
O melhor momento da partida estava guardado para os 54 minutos. Rúben Neves, que não é habitualmente titular na equipa de Nuno Espírito Santo, pegou na bola a larga distância da baliza adversária e, qual 'sniper', fuzilou as redes de Cláudio Ramos com um golaço de levantar o estádio. Um momento para ver e rever.
À 'bomba' do jovem Rúben seguiu-se mais um inacreditável falhanço dos portistas, agora com Otávio como protagonista, mas logo de seguida surgiu o golo que transformou o resultado em leve goleada. Tiquinho Soares fez um remate em arco que bateu Cláudio Ramos e celebrou o seu quarto golo em três jogos de 'dragão' ao peito.
O resultado ficou fechado mesmo em cima do apito final, com um golo de Diogo Jota que ditou o triunfo por 4-0 dos 'dragões'. O FC Porto é líder da Primeira Liga, à condição.
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