O polaco Robert Lewandowski (Bayern Munique) disse hoje estar “honrado e orgulhoso” por voltar a vencer, pelo segundo ano consecutivo, o prémio de melhor futebolista da FIFA, na gala The Best.

“É uma honra vencer este troféu, sinto-me muito orgulhoso. Também pertence aos meus colegas de equipa e treinadores. Todos trabalhámos no duro para vencer, e é especial trabalhar com todos”, declarou o polaco, de 33 anos.

‘Lewa’, que comentou a atribuição do galardão à distância, por via telemática, foi agraciado em pessoa por vários membros do clube bávaro, entre eles o treinador, Julian Nagelsmann.

Um dos feitos destacados foi o recorde de 41 golos na Bundesliga 2020/21, que lhe valeu a ‘Bota de Ouro’ e também um novo máximo da Liga alemã, superando Gerd Müller, que foi homenageado de forma póstuma na gala da FIFA.

“Tudo o que aconteceu no último ano, ao bater este recorde de Müller, com 41 golos... nunca imaginei batê-lo. Pensei que era impossível marcar tantos golos na Bundesliga”, admitiu.

Lewandowski, que bateu o argentino Lionel Messi e o egípcio Mohamed Salah pelo galardão, é o quinto jogador a chegar aos dois troféus da FIFA, juntando-se a Lionel Messi (recordista, com seis), ao português Cristiano Ronaldo (cinco), aos brasileiros Ronaldo (três) e Ronaldinho (dois) e ao francês Zinédine Zidane (três).

Outro dos troféus mais aguardados era o de melhor treinador no futebol masculino, atribuído ao alemão Thomas Tuchel, campeão europeu ao comando do Chelsea, clube que também arrebatou a distinção entre os técnicos do futebol feminino, para Emma Hayes.

“Foi um dia normal até agora. Acabei de vir do treino, temos jogo na terça-feira. É muito surreal vencer. (...) Estou muito agradecido às pessoas que tenho. Tentamos ser a melhor versão de nós mesmos e competir ao mais alto nível”, destacou Tuchel.

O melhor ‘onze’ para a FIFPro teve dois representantes portugueses no masculino, Rúben Dias (Manchester City) e Cristiano Ronaldo (Manchester United), numa equipa em pouco usual formação 3-3-4 que deixou de fora um dos três finalistas ao principal galardão, Mohamed Salah (Liverpool), mas também o vencedor do prémio para melhor guarda-redes, o senegalês Édouard Mendy (Chelsea).

Para o guarda-redes italiano Gianluigi Donnarumma, agora no Paris Saint-Germain, é “um orgulho” integrar a formação, na qual o compatriota Leonardo Bonucci (Juventus) se sente “tranquilo” a defender.

“Com o Rúben e o [David] Alaba do meu lado, posso dizer que seria fácil defender”, garantiu.

Na frente, o norueguês Erling Haaland (Borussia Dortmund) considerou que a distinção lhe dá “muita motivação para continuar”.

O Dinamarca-Finlândia do Euro2020 ‘rendeu’ dois prémios na gala, um para a equipa médica e os próprios jogadores dinamarqueses, agraciados com o Prémio Fair Play após ‘escudarem’ a saída de campo de Christian Eriksen, que sofreu uma paragem cardíaca em campo.

Um representante dos adeptos finlandeses no estádio realçou a importância “da união face a momentos de tragédia”, após o prémio destinado aos adeptos ser entregue aos dois grupos de fãs por terem cantado o nome do médio ofensivo.

“A forma como os adeptos se juntaram criou uma atmosfera única que provam os valores do desporto e da Humanidade, e como não têm fronteiras”, explicou um fã dinamarquês.

Se Cristiano Ronaldo realçou a “paixão pelo jogo” como segredo do sucesso continuado, que hoje lhe valeu um Prémio Especial da FIFA, pelo recorde de 115 golos por seleções, o argentino Érik Lamela, do Tottenham, não tinha palavras.

O extremo bateu o iraniano Mehdi Taremi, do FC Porto, pelo Prémio Puskas de melhor golo do ano, com um tento ‘de letra’ marcado ao rival Arsenal, e admitiu que nem pensou “no quão especial seria marcar assim”.

“Não pratico este gesto nos treinos, aparece-me só”, justificou.