O francês Michel Platini, rival de Diego Maradona nos anos 1980 em Itália, revelou hoje que Diego Maradona marcou a sua vida, assumindo-se nostálgico em relação a uma época no futebol que perdeu as suas referências.

“Estou muito, muito triste. É o nosso passado que desaparece. Sinto nostalgia em relação a uma época muito bela. Partiram [Johan] Cruyff, [Alfredo] Di Stefano, [Ferenc] Puskas, grandes jogadores que marcaram a minha juventude. E o Diego marcou a minha vida, como Cruyff”, referiu em declarações à rádio francesa RTL.

Platini e Maradona foram rivais nos anos 1980 no campeonato italiano, quando o primeiro era a principal figura da Juventus e o segundo era a estrela do Nápoles, tendo-se cruzado também no Mundial1986.

“Conheci-o quando ele tinha 17 anos. Jogámos um contra o outro pela primeira vez no jogo Argentina contra o resto do Mundo, em 1979. Ele estava a começar a jogar na seleção. Depois disso, vimo-nos muitas vezes, defrontámo-nos”, recordou.

O mítico 10 da seleção francesa e da Juventus sentia admiração pelo argentino, apesar da rivalidade, contou.

“Não podíamos estar no topo os dois, jogar Mundiais para os ganhar, disputar títulos com a Juventus e o Nápoles e não sermos rivais. A primeira palavra que aprendi em italiano foi desafio”, justificou o antigo presidente da UEFA.

Maradona, considerado um dos melhores futebolistas da história, morreu hoje na sua residência, na Argentina, aos 60 anos, anunciou o seu agente e amigo Matías Morla.

Segundo a imprensa argentina, Maradona, que treinava os argentinos do Gimnasia y Esgrima, sofreu uma paragem cardíaca na sua vivenda na província de Buenos Aires.

A sua carreira de futebolista, de 1976 a 2001, ficou marcada pela conquista, pela Argentina, do Mundial de 1986, no México, e os dois títulos italianos e a Taça UEFA ganhos ao serviço dos italianos do Nápoles.

O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou três dias de luto nacional pela morte de Maradona.

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