O português Mariano Barreto abandonou o Al-Qadisiya, da Arábia Saudita, por ter seis meses de salários em atraso, confirmou hoje o treinador à agência Lusa.
«Já tínhamos seis meses de salários em atraso, fomos ficando à espera que a situação se alterasse, porque queríamos dar continuidade ao projeto que iniciámos, que tem um bocadinho de nós, e foi feito com jovens jogadores do clube», afirmou Mariano Barreto.
O técnico, de 56 anos, admitiu que a situação «não era confortável para ninguém» e que decidiu «cessar funções e que se as coisas se resolverem a bem será feita a rescisão amigável, caso contrário será por iniciativa da equipa técnica».
«No ano passado também tivemos seis meses de atraso, mas eles acabaram por pagar. Este foi um clube muito grande, que poderia ser relançado, mas tem problemas antigos e que, aparentemente, não têm solução», referiu Mariano Barreto, aludindo às mudanças diretivas registadas nas últimas semanas.
O treinador português formou com os adjuntos João Luís e Filipe Azevedo a equipa técnica do Al-Qadisiya em julho de 2011, precisamente com o objetivo de «consolidar e relançar o clube».
Atualmente, após 18 jornadas, o Al-Qadisiya liderava o segundo escalão saudita, com os mesmos 32 pontos do Hottain e mais um do que o Al Khaleej.
Antes de ter treinado na Arábia Saudita, Mariano Barreto orientou o Al-Ahli, que levou ao terceiro lugar do campeonato do Bahrein, tendo abandonado o clube em abril de 2011, depois de vários dos seus jogadores terem sido presos ou irradiados por terem participado em manifestações contra o regime do país do Golfo Pérsico.
«Realmente, tenho tido azar com estes ares. Parece-me que chegou a altura de, dentro de uma semana, voltar a Portugal para descansar», concluiu Mariano Barreto.
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