A União de Clubes Europeus (UEC), apresentada e lançada hoje em Bruxelas, é uma nova organização para “dar voz aos emblemas profissionais” que não têm qualquer representação junto das altas estruturas do futebol do continente.
Com sede na capital belga, mas ainda sem direção ou estatutos, a UEC pretende representar “os cerca de 1.400 clubes” que, por normalmente falharem as três provas europeias organizadas pela UEFA, acabam por ser excluídos dos centros de decisão.
“Tendo em conta a atual situação de governação do futebol europeu, queremos dar voz e representação a todos os clubes profissionais, seja qual for a sua dimensão, e que não tenham direito de voto nas atuais estruturas, nem na decisão do fazer no futebol europeu”, lê-se no site oficial do organismo.
De acordo com os números da UEC, mais de 90% dos clubes europeus estão afastados dos centros de decisão.
Na sua apresentação, Katarina Pijetlovic, uma das responsáveis da nova associação e especialista em direito desportivo (em Portugal está por exemplo ligada à Universidade Católica de Lisboa), negou qualquer intenção de operar “uma revolução como aconteceu com o aparecimento da Superliga” e garantiu que o objetivo passa por ser “um parceiro social” dos clubes.
“Também não queremos substituir a Associação de Clubes Europeus (ECA). Queremos sim contrabalançar a influência que os grandes clubes têm, através da ECA, na gestão, finanças e decisões do futebol europeu”, disse Pijetlovic.
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