“A avenida Radial Oeste, que circunda o Maracanã, passará a ser designada, a partir de amanhã [quarta-feira] como Avenida Pelé. O decreto será publicado na edição de quarta-feira do Diário Oficial”, comunicou Eduardo Paes, presidente do município.

A homenagem acontece dois anos depois de o governo do Rio de Janeiro desistir de rebatizar o Estádio do Maracanã com o nome de ‘Rei Pelé’.

O mítico estádio, inaugurado há 72 anos para sediar o Mundial de 1950, foi batizado em 1966 com o nome do jornalista Mário Filho, que foi grande impulsionador da construção daquele que seria o maior estádio do mundo.

Apesar de ser o nome oficial, o estádio popularizou-se com o nome do bairro em que se ergueu, Maracanã, e tornou-se num dos mais emblemáticos do mundo, recebendo as finais dos Mundiais de 1950 e 2014, bem como a final dos Jogos Olímpicos de 2016.

Pelé morreu na quinta-feira, aos 82 anos, no hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, na sequência da “falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do cancro do cólon associado à sua condição clínica prévia”, segundo aquele estabelecimento hospitalar, em comunicado.

O ex-futebolista estava internado desde o dia 29 de novembro no naquele hospital para tratamento de quimioterapia a um tumor no cólon e tratamento de infeção respiratória, e o seu estado de saúde agravou-se.

Nascido a 23 de outubro de 1940 na cidade Três Corações, em Minas Gerais, Pelé foi o único futebolista três vezes campeão do mundo, em 1958, 1962 e 1970, marcou 77 golos nas 92 internacionalizações pela seleção brasileira e jogou pelo clube brasileiro Santos e pelo Cosmos, dos Estados Unidos.

Foi ainda ministro do Desporto no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 1998, e eleito o desportista do século pelo Comité Olímpico internacional (1999) e futebolista do século pela FIFA (2000).