Cristiano Ronaldo já garantiu que, independentemente de ser primeiro, segundo ou terceiro na Bola de Ouro FIFA de 2015, será o português com mais presenças no ‘top 10’, com nove, superando as oito de Eusébio.
Ao ser anunciado como um dos três finalistas, juntamente com o argentino Lionel Messi e o brasileiro Neymar, jogadores do FC Barcelona, o melhor marcador da história do Real Madrid ultrapassou, desde logo, a marca do ‘rei’.
O ‘capitão’ da seleção lusa está no ‘top 10’ de forma consecutiva desde 2007 e assegurou igualmente a oitava presença no pódio, que só falhou em 2010, ‘pagando’ a queda prematura de Portugal no respetivo Mundial.
O jogador nascido na Madeira a 05 de fevereiro de 1985 passa a somar, assim, nove presenças no ‘top 10’ e oito nos três melhores do ano, sendo que, entre os portugueses, já tem mais troféus do que todos os outros juntos - Eusébio só venceu uma vez (1965), tal como Figo (2000).
O ‘rei’ ganhou em 1965, como jogador do Benfica, quando só os jogadores europeus eram elegíveis, enquanto Figo venceu em 2000, na transição do FC Barcelona para o Real Madrid e numa altura em que o prémio já tinha sido aberto a todos os jogadores que evoluíam em equipas europeias.
Quanto a Ronaldo, venceu em 2008 e nos dois últimos anos, foi segundo em 2007, atrás do brasileiro Kaká, e em 2009, 2011 e 2012, sempre batido por Messi, grande favorito a arrebatar uma quinta Bola de Ouro.
Em matéria de ‘top 10’, Ronaldo é omnipresente desde 2007, enquanto Eusébio, agora destronado, conseguiu as oito eleições entre 1962 e 1973.
Além do triunfo de 1965, o ‘Pantera Negra’ somou dois segundos lugares, em 1962 e 1966 - ano em que perdeu por um ponto para o inglês Bobby Charlton -, um quarto (1964), dois quintos (63 e 67), um sétimo (73) e um oitavo (68).
Ainda foi pontuado mais três vezes, sendo apenas batido em termos de nomeações pelo alemão Franz Beckanbauer e o holandês Johan Cruyff (ambos citados em 12 ocasiões).
Por seu lado, Figo ostenta três presenças entre os melhores, já que, antes e depois do triunfo, foi quinto em 1999, como jogador do ‘Barça’, e, já ‘merengue’ sexto em 2001, ano em que foi eleito o jogador do ano da FIFA, prémio entregue separadamente da Bola de Ouro entre 1991 e 2009.
Entre os jogadores portugueses, outro esteve muito perto de vencer o troféu: em 1987, ano em que ajudou o FC Porto a sagrar-se campeão europeu e rumou ao Atlético de Madrid, Paulo Futre foi segundo, a 15 pontos do holandês Ruud Gullit.
Por seu lado, o internacional luso Deco também conquistou, em nome de Portugal, um segundo lugar, em 2004, curiosamente também no ano em que saiu do FC Porto campeão da Europa para Espanha, no seu caso para o FC Barcelona.
Nas contas finais de 2004, ano em que também chegou à final do Europeu, com a seleção lusa, somou menos 26 pontos do que o ucraniano Andrei Shevchenko.
Na história da ‘Bola de Ouro’, mais quatro portugueses conquistaram lugares no ‘top 10’, com destaque para Fernando Chalana, quinto em 1984, depois do brilharete luso no Europeu, que lhe valeu a troca ‘milionária’ do Benfica para o Bordéus.
Por seu lado, Ricardo Carvalho foi nono em 2004, na transição entre FC Porto e Chelsea, enquanto os malogrados benfiquistas José Águas e José Torres fecharam os 10 melhores em 1961 e 66, respetivamente.
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