O Tribunal Europeu de Justiça pronuncia-se esta quarta-feira sobre o caso da criação da Super Liga, um processo com potenciais consequências para o futuro do futebol europeu.
O caso remonta a abril de 2021, quando 12 dos maiores clubes da Europa anunciaram a criação de uma Super Liga, pouco antes de a UEFA revelar vastas reformas para a Liga dos Campeões. A Super Liga era vista como uma concorrente direta à principal competição da UEFA. Contudo, a iniciativa rapidamente desmoronou-se perante uma forte reação dos adeptos dos clubes envolvidos, assim como dos órgãos regentes do futebol como a UEFA e a FIFA, que ameaçou tomar medidas disciplinares contra os clubes envolvidos.
Nove dos 12 clubes originalmente inseridos na Super Liga, incluindo seis da Premier League, desistiram quase imediatamente, levando ao colapso da competição menos de 48 horas após o seu lançamento. Dois anos depois, apenas os gigantes espanhóis Real Madrid e Barcelona não desistiram do projeto, isto depois da Juventus se ter retirado em julho.
No entanto, a ameaça de uma "deserção" por parte dos clubes mais poderosos da Europa continua a pairar sobre o futebol, tendo como fim a criação de uma liga fechada e altamente lucrativa, à semelhança do que acontece nos desportos norte-americanos, isto enquanto continuam a competir nos respetivos campeonatos nacionais.
A decisão dos juízes pode, por um lado, constituir uma vitória crucial para a UEFA, ou, por outro lado, pode enviar verdadeiras ondas de choque pelo desporto-rei, um pouco à semelhança do que sucedera com o famoso caso 'Bosman' na década de 90.
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