O Comité Executivo da UEFA anunciou hoje que as equipas russas de menores de idade serão readmitidas nas competições esta época, mantendo a suspensão nas restantes formações, de clubes e seleções, devido à guerra na Ucrânia.

“O Comité Executivo da UEFA decidiu que as equipas russas de jogadores menores serão readmitidas nas suas competições no decurso da presente época. A este respeito, o Comité Executivo solicitou à administração da UEFA que propusesse uma solução técnica que permitisse a reintegração das equipas russas de sub-17 (tanto femininas como masculinas), mesmo quando os sorteios já tivessem sido realizados”, refere a UEFA em comunicado.

Apesar de serem readmitidas, as equipas vão disputar os jogos fora do país, sem bandeira, hino ou equipamento de jogo nacional, explica o Comité Executivo da UEFA, que reuniu hoje em Limassol, em Chipre.

“As crianças não devem ser punidas por ações cuja responsabilidade cabe exclusivamente aos adultos e [a UEFA] está firmemente convencida de que o futebol nunca deve desistir de enviar mensagens de paz e de esperança. É particularmente lamentável que, devido à persistência do conflito, uma geração de menores seja privada do seu direito de competir no futebol internacional”, salienta.

A UEFA reiterou ainda a condenação à “guerra ilegal da Rússia” e confirmou que a suspensão de todas as outras equipas russas, de clubes e seleções, permanecerá em vigor até ao fim do conflito na Ucrânia.

"A suspensão contínua da UEFA contra as equipas seniores russas reflete o seu empenho em tomar uma posição contra a violência e a agressão. A UEFA está determinada em manter esta posição até que a guerra termine e a paz seja restabelecida. Mas, ao proibir as crianças de participarem nas nossas competições, não só não reconhecemos nem defendemos um direito fundamental para o seu desenvolvimento integral, como as discriminamos diretamente”, disse Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, citado no comunicado no organismo.

Ceferin explicou que a oportunidade de competirem com os seus pares na Europa é também um “investimento” naquilo que esperam que venha a ser “uma geração futura mais brilhante e mais capaz”.