O clube brasileiro Flamengo obteve na terça-feira uma ordem judicial provisória para reabrir o Centro de Treinos Ninho do Urubu, onde, em fevereiro, morreram dez rapazes num incêndio, noticiou a imprensa brasileira.
O centro de treinos em causa, localizado em Vargem Grande, na zona oeste do estado brasileiro do Rio de Janeiro, estava fechado desde 27 de fevereiro por determinação da Justiça.
Com a medida provisória agora anunciada, o clube pode voltar a realizar os treinos no local, que vinham a ser efetuados na sede social na Gávea, zona sul da cidade do Rio de Janeiro
De acordo com a determinação, foram reabertos os campos, o ginásio, a sede administrativa e o refeitório, com a restrição de que não se pode cozinhar.
Dez rapazes, com idades entre os 14 e os 16 anos, morreram na madrugada do dia 08 de fevereiro, num incêndio que deflagrou no centro de treinos do Flamengo, clube de futebol do Rio de Janeiro.
O fogo atingiu o alojamento onde viviam os jovens atletas que, na sua maioria, eram provenientes de outros estados brasileiros, no momento em que estes se encontravam a dormir.
Segundo dados revelados pela Prefeitura do Rio de Janeiro, a área em que o Flamengo construiu o alojamento das suas categorias de formação - e que acabou por ser destruído pelo fogo - tinha permissão para funcionar apenas como estacionamento, conforme uma autorização concedida ao clube no ano passado.
O centro de treinos não possuía certificado contra incêndios, informaram os bombeiros do Rio de Janeiro.
Após o incêndio, o centro de treinos do Flamengo, mais conhecido como "Ninho do Urubu", foi fiscalizado por elementos de diversas autoridades, como do Corpo de Bombeiros, Secretaria de Urbanismo, Ministério Público Estadual, Ministério Público do Trabalho e Superintendência Regional do Trabalho e da Defensoria Pública.
Apenas os familiares de um dos jovens mortos chegaram a um acordo de indemnização com o clube.
Segundo a agência Brasil, os familiares das vítimas estariam revoltados com o valor de indemnização proposto pelo clube brasileiro, que seria "pouco superior a 400 mil reais (cerca de 94 mil euros) e um salário mínimo mensal".
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