Numa entrevista ao site da FIFA, Dante recordou o 7-1 das meias-finais do Mundial 2014, um dia que não esquece e que “doí muito”.
“Eu vi alguns lances; vi sim. E não tenho problema em falar a respeito, não. Não tenho medo de críticas ou de ouvir o lado negativo. Não vou nunca me esquecer e ainda dói. Dói muito quando penso naquele dia, e só ganhando novos títulos na vida vai ajudar a passar essa dor, mas falo tranquilamente”, começou por dizer.
Para Dante, defesa do Bayern Munique, a seleção canarinha não estava pronta “psicologicamente” para o Mundial.
“Para mim, o que aconteceu foi que, psicologicamente, não nos preparamos de forma adequada para a Copa do Mundo. Tínhamos que nos colocar na posição de favoritos e incorporar a necessidade de vencer, mas respeitando o desporto e o que ele tem de imprevisível. Quando nós vimos que tomamos o segundo e o terceiro golos, nós simplesmente não aceitamos o fato. Não raciocinamos. Não pensamos que era preciso encarar a situação e ser mais inteligentes. Em vez disso, nossa reação era de: “Isso não é possível. Não pode acontecer. Nós temos obrigação de ganhar a Copa. Vamos para a frente.” E, então, isso virou um choque, que ocasionou o 7 a 1”, explicou quatro meses depois do jogo.
O brasileiro diz ter tirado uma lição do que se passou e quer levar para o futuro.
“Aprendi que o futebol também pode te trazer deceção, dentro e fora do campo. Aprendi que, sem controle psicológico, chega um momento em que ‘amor’, ‘garra’, “emoção” não bastam. Você precisa manter a capacidade de pensar”, disse, em jeito de conclusão.
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