O Comité de Ética da FIFA confirmou esta quinta-feira que abriu uma investigação ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo del Nero, que recentemente deixou de ser dirigente do organismo, por alegada corrupção.
De acordo com um porta-voz da FIFA, em causa estão possíveis incumprimentos do código de ética quando Nero, um advogado de 74 anos, pertencia ao Comité Executivo, cargo que abandonou no final de novembro.
Nero, que já está a ser investigado no Brasil igualmente por alegadas práticas de corrupção, assumiu a presidência da CBF em abril, sucedendo a José María Marín, que é um dos dirigentes envolvido nos recentes escândalos que assolaram o organismo que rege o futebol mundial.
A FIFA foi abalada por um escândalo de corrupção em maio, a dois dias da reeleição de Joseph Blatter como presidente do organismo máximo do futebol mundial, num processo aberto pela justiça dos Estados Unidos e que levou à acusação de 14 dirigentes e ex-dirigentes.
No início de junho, Blatter apresentou a demissão, abrindo o caminho para novas eleições, que foram marcadas para 26 de fevereiro de 2016.
A 25 de setembro, o Ministério Público suíço instaurou um processo criminal a Blatter, que foi interrogado na qualidade de arguido, por suspeita de gestão danosa, apropriação indevida de fundos e abuso de confiança.
A 8 de outubro, Blatter, o secretário-geral da FIFA, o francês Jérôme Valcke, e o presidente da UEFA, o também francês Michel Platini, foram suspensos provisoriamente por 90 dias pelo Comité de Ética da FIFA, por implicação no escândalo de corrupção que atingiu a instituição.
Na base das suspensões estão os inquéritos que decorrem no próprio órgão da FIFA, ainda que vários outros responsáveis do organismo mundial estejam também a ser investigados pelas autoridades suíças e norte-americanas.
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