O julgamento do ex-guarda-redes do Flamengo Bruno Fernandes, acusado do desaparecimento e da morte da ex-amante Eliza Samudio, foi adiado esta quarta-feira para 21 de janeiro de 2013, informou o tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Fernandes destituiu na terça-feira o seu advogado, Rui Pimenta, e tanto o outro representante da sua defesa, Francisco Simin, como o novo defensor que se somou à causa, Tiago Lenoir, pediram hoje à juíza mais tempo para analisar o processo, o que foi concedido.

Pimenta, ao sair do Fórum de Contagem, onde o julgamento decorria, afirmou à imprensa brasileira que a sua destituição foi uma tentativa do réu de adiar o julgamento.

Na segunda-feira, outro réu já tinha sido desmembrado do processo, o ex-polícia Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como "Bola", após os seus advogados alegarem cerceamento de defesa.

Na terça-feira, a ex-mulher de Fernandes, Dayanne Rodrigues, teve o julgamento adiado porque ambos ficariam sob os cuidados do mesmo advogado, após a destituição de um dos defensores do ex-guarda-redes.

Continuam a ser julgados hoje os réus Luiz Henrique Romão, o "Macarrão", e Fernanda Castro, ex-amante de Bruno Fernandes. As duas mulheres são acusadas de sequestro e cárcere privado de Eliza Samudio e de seu filho.

Já Bruno Fernandes, "Bola" e "Macarrão" respondem por homicídio, rapto e cárcere privado, além de ocultação de cadáver e corrupção de menores, incorrendo em penas que podem ultrapassar os 30 anos de prisão.

Samudio desapareceu em junho de 2010, com 25 anos, após sair do Rio de Janeiro e ir para Esmeraldas, em Minas Gerais, onde o ex-futebolista possuía uma quinta. Ela levava nos braços um bebé de quatro meses que dizia ser filho de Fernandes, o que foi provado por um exame de ADN posteriormente.